Dólar fecha em alta, cotado a R$ 4,82, e Bolsa cai
O dólar comercial encerrou a sessão desta sexta-feira (16) cotado a R$ 4,82, alta de 0,36%, após cair em nove das 10 sessões anteriores.
A alta foi um dia após fechar no menor valor desde 6 de junho do ano passado.
O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), encerrou com queda de 0,39%, aos 118.758,42 pontos. Na semana, no entanto, o índice teve alta de 2,6% e, desde o começo do ano, subiu 5,24%.
O que aconteceu:
No mês, o Ibovespa subiu 9,62%, o melhor resultado desde novembro de 2020, quando o índice teve uma valorização de 15,90%. Segundo os dados do Trademap, a ação do índice com a maior alta foi a Gol (GOLL4), com uma valorização de 36,60%. Em seguida, a Braskem (BRKM5) teve um ganho de 33,57%, e a CVC (CVCB3) ficou em terceiro lugar, com uma valorização de 33,14%.
Ontem, o dólar comercial encerrou o dia cotado a R$ 4,803, quase estável, mas com desvalorização de 0,09%. Esse é o menor valor desde 6 de junho do ano passado, quando a moeda ficou em R$ 4,7962. O dólar fechou em queda nas quatro sessões anteriores da semana.
No exterior, o dólar também subiu em relação a outras moedas. Após ter acumulado queda de 5,32% nas dez sessões anteriores, o dólar se manteve em alta ante o real durante toda a sexta-feira. Investidores optaram por ter lucros, ou seja, aproveitar a queda dos últimos dias para comprar.
Dólar não cai abaixo dos R$ 4,80. "Um dólar abaixo de 4,80 reais não seria um valor justo, conforme o nosso modelo. Assim, com a cotação caindo abaixo de 4,81 ou 4,82 reais, a moeda começa a ficar fora do fundamento", comentou o economista Rafael Pacheco, da Guide Investimentos, à Reuters.
Foco está nos bancos centrais. Nesta sexta-feira (16), o foco de investidores continuam na política monetária após a reunião do Fed (Federal Reserve; banco central dos Estados Unidos) e antes do encontro do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central brasileiro na semana que vem, em meio ainda a perspectivas mais positivas para o Brasil.
Na quarta-feira (14), o banco central dos EUA anunciou a manutenção dos juros na faixa de 5% a 5,25% ao ano. Mas sinalizou em novas projeções econômicas que os custos dos empréstimos podem aumentar mais 0,50 ponto percentual até o final do ano.
A agência de classificação de risco S&P elevou na quarta-feira a perspectiva para a nota de crédito do Brasil de "estável" para "positiva", e reafirmou o rating. De acordo com a agência, sinais de maior certeza sobre políticas fiscal e monetária estáveis podem beneficiar as perspectivas de crescimento econômico do país.
A decisão de política monetária do Copom também está no radar. Há ampla expectativa de manutenção da Selic nos atuais 13,75%, mas com grandes chances de a autoridade monetária abrir a porta para o início de um ciclo de afrouxamento já no terceiro trimestre, uma vez que a inflação tem mostrado sinais convincentes de arrefecimento.
O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial (saiba mais clicando aqui). Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.
(Com Reuters)
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