Conteúdo publicado há 6 meses

Dólar sobe a R$ 5,002 com alta dos rendimentos nos EUA e guerra; Bolsa cai

O dólar subiu 0,16% e fechou a quarta-feira (25) vendido a R$ 5,002. A alta de hoje interrompe uma sequência de quatro quedas seguidas e faz a moeda americana voltar a ultrapassar os R$ 5.

Já o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), caiu 0,82%, chegando aos 112.829,97 pontos.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial (saiba mais clicando aqui). Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, a referência é o dólar turismo, e o valor é bem mais alto.

O que aconteceu

Rendimentos dos títulos públicos americanos impulsionaram o dólar. A alta nos Treasuries de dez anos — referência global para decisões de investimento — "reforça a resiliência da economia americana", o que favorece o dólar, segundo explicou à Reuters Márcio Riauba, gerente da mesa de operações da StoneX.

Segue a expectativa pela divulgação de dados importantes nos EUA. A publicação do PIB (Produto Interno Bruto) dos Estados Unidos, que estava prevista para hoje, ficou para amanhã (26). Já o índice de preços de despesas para consumo pessoal (PCE, na sigla em inglês) sai na sexta (27). A depender dos dados, a moeda americana pode continuar a subir nos próximos dias.

Intensificação dos bombardeios em Gaza é ponto de atenção. Mais cedo, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou que o Exército se prepara para invadir a Faixa de Gaza por terra. Enquanto isso, seguem os apelos internacionais por uma pausa nos combates para permitir a entrada de ajuda na Palestina e evitar, além de mais mortes, a disseminação do conflito pelo Oriente Médio.

O que, de fato, vai guiar o mercado de câmbio, pelo menos nesses dias, é tanto a questão dos rendimentos americanos quanto a tensão no Oriente Médio.
Márcio Riauba, da StoneX, à Reuters

A queda [do Ibovespa] se deve principalmente ao clima de aversão ao risco por conta dos Treasuries de longo prazo, que voltaram a subir hoje nos EUA. Com isso, os investidores migram para ativos mais seguros, e os mais arriscados ficam menos atrativos.
Andre Fernandes, da A7 Capital, ao UOL

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