Franquia de babá de bicho tem hotel, passeio e até leva cães a casamento
A empresária Andressa Gontijo, 35, começou a carreira de veterinária atendendo em domicílio. Entre uma consulta e outra, os clientes sempre perguntavam se ela não poderia cuidar do seu animal de estimação, enquanto viajavam.
Em julho de 2010, ela criou a empresa My Pet's Nanny e começou a oferecer o serviço de pet sitter (babá de animal de estimação) e passeio. Com o aumento da procura, passou a dividir o serviço com outros profissionais autônomos até julho de 2014, quando abriu franquia. A empresária não revela faturamento nem lucro do negócio.
A franquia não tem unidade física. O empreendedor mantém uma base em casa e se encarrega em divulgar o serviço na sua região de atuação. Os panfletos e materiais publicitários levam o telefone da central da rede, que se encarrega de atender os clientes, passar o orçamento e agendar o serviço.
Por ser veterinária, Gontijo diz que também oferece suporte 24 horas para os franqueados, no caso de emergências durante a prestação dos serviços. "Todos os franqueados recebem treinamento de primeiros socorros. Eu também dou orientação por telefone, em casos mais leves, ou indico a clínica veterinária parceira mais próxima para ele socorrer o animal."
Rede leva 'babá' até em casamentos
Os serviços oferecidos são:
- Pet sitter (cuidar do animal na casa do cliente) - R$ 55 por uma hora. Se o cliente quiser monitorar o atendimento, são instaladas câmeras e é cobrada uma taxa única de R$ 30
- Hospedagem domiciliar na casa do pet sitter - R$ 80 a diária de 24 horas
- Passeios - de R$ 180 por mês (uma hora, uma vez por semana) a R$ 1.080 por mês (passeios de uma hora, duas vezes ao dia, todos os dias). Os preços são por cachorro.
Há também o serviço de pet sitter para eventos. O custo da diária é o mesmo do atendimento domiciliar. "Já atendemos uma cliente que queria o cachorro no seu casamento."
Gontijo afirma que a rede realizou 2.053 serviços em 2016, 52% a mais do que no ano anterior. "Não dá para falar em número de clientes porque é comum eles solicitarem mais de um serviço por mês." O serviço mais pedido é o de pet sitter, seguido de hospedagem domiciliar.
A rede atende cachorros, gatos e animais silvestres. Os mais comuns são: aves, coelhos, porquinhos da Índia, peixes e tartarugas.
Investimento é de R$ 11,6 mil
Atualmente, a rede tem 23 unidades espalhadas nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Minas Gerais e Distrito Federal. "Para este ano, a nossa meta é chegar a todas as capitais do país."
Confira os dados da franquia, fornecidos pela empresa:
- Investimento inicial: R$ 11,6 mil, com custos de instalação, taxa de franquia e capital de giro
- Faturamento médio mensal: R$ 5.000
- Lucro médio mensal: R$ 3.500
- Prazo de retorno do investimento: em seis meses
Gontijo afirma que os franqueados são divididos por região para que não haja concorrência dentro da rede. Para saber o potencial de um bairro ou cidade, quando um empreendedor a procura para abrir uma franquia, ela diz que faz levantamento de quantos pet shops há na região.
"Não temos um estudo formatado, mas foi a forma que encontramos para avaliar a quantidade de animais de estimação. Se há muito pet shop, significa que há mercado."
Pagar franquia por um negócio conhecido vale a pena?
Para Luis Stockler, diretor da consultoria especializada em franquias BaStockler, o negócio de pet sitter, dog walker (passeador de cachorro) e hospedagem é uma operação simples, mas exige o mesmo empenho que qualquer outra empresa. Não basta, simplesmente, gostar de animais para atingir o sucesso.
"Gostar de animais é um bom passo para abrir um negócio no mercado pet, mas somente isso não fará a empresa prosperar. É preciso cuidar da área comercial, divulgar o serviço e saber gerenciar o negócio. Quem não tiver familiaridade com estas áreas, a franquia pode ser uma boa alternativa."
Avaliar potencial de região é o risco do negócio
Onde encontrar
My Pet's Nanny - http://mypetsnanny.com.br/
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