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IBGE: Desemprego em setembro fica em 4,9%, menor taxa para o mês em 12 anos

Do UOL, em São Paulo

23/10/2014 09h05Atualizada em 24/10/2014 11h46

A taxa de desemprego no Brasil ficou em 4,9% em setembro e foi a menor para o mês desde 2002, quando o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) começou a coletar os dados pela metodologia atual. 

O dado foi divulgado nesta quinta-feira (23) pelo IBGE. Segundo reportagem da Folha, o governo segura divulgação de dados que podem afetar campanha de Dilma Rousseff à reeleição.

Em agosto, a taxa de desemprego tinha subido para 5%, mas também tinha sido a menor para o mês desde 2002. A variação entre os dois meses não é considerada estatisticamente relevante pelo IBGE.

Em relação a setembro do ano passado, o desemprego caiu 0,5 ponto percentual: de 5,4% para os atuais 4,9%.

O resultado foi melhor do que o esperado por economistas consultados pela agência de notícias Reuters.

"A redução da taxa está associada à queda na procura (por emprego), ou seja, a taxa cai porque há menos pressão sobre o mercado de trabalho", disse a técnica do IBGE Adriana Berengui.

"A taxa (de desemprego) é uma informação positiva, mas é preciso olhar de maneira mais ampla. Há setores importantes demitindo, como indústria e construção, e há notícias mais negativas sobre serviços, que é o que mais emprega", afirmou o economista da Tendências Rafael Bacciotti.

Pesquisa será substituída pela Pnad contínua, que é trimestral

Essas informações são da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), divulgada pelo IBGE nesta quinta-feira (23). Elas se referem às regiões metropolitanas de Recife (PE), Belo Horizonte (MG), São Paulo (SP), Salvador (BA), Rio de Janeiro (RJ) e Porto Alegre (RS).

A PME deve continuar até o fim deste ano e, depois, deixará de ser feita.

Ela será substituída por outra pesquisa do IBGE, lançada em janeiro de 2014: a Pnad contínua, que é divulgada a cada três meses.

Já houve três divulgações da Pnad contínua: a primeira com dados do 1° trimestre 2012 ao 2° trimestre 2013; a segunda relativa ao 3º e 4º trimestre de 2013; e a terceira referente ao 1º trimestre de 2014.

A próxima, com os dados do 2º trimestre deste ano, deve ser divulgada em 6 de novembro; a data foi adiada devido à greve de funcionários do IBGE.

Renda média sobe pelo segundo mês seguido

O rendimento médio real da população subiu 0,1% no mês passado em relação a agosto, segunda alta seguida, chegando a R$ 2.067,10. Em relação a setembro de 2013, o rendimento avançou 1,5%.

Em agosto, o rendimento havia mostrado alta mensal de 1,7%.

População ocupada fica estável

A população desocupada (1,2 milhão de pessoas) ficou estável em relação a agosto e caiu 10,9% em relação a setembro de 2013. 

O número de pessoas ocupadas (23,1 milhões de pessoas) permaneceu estável em ambas as comparações.

Em setembro, foram registradas 11,7 milhões de pessoas trabalhando com carteira assinada no setor privado, o que também representa estabilidade na comparação com agosto de 2014 e com setembro do ano passado.

Taxa sobe no Rio e cai em SP

Na comparação por regiões, a taxa de desemprego subiu 0,4 ponto percentual no Rio de Janeiro, indo de 3% em agosto para 3,4% em setembro.

Em São Paulo, o índice caiu de 5,1% em agosto para 4,5% em setembro.

Nas demais regiões, não houve variação.

(Com Reuters)