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Desemprego é de 13,7% e atinge 14,2 milhões de trabalhadores, diz IBGE

Do UOL, em São Paulo

28/04/2017 09h01Atualizada em 28/04/2017 09h25

O desemprego no país foi de 13,7%, em média, no primeiro trimestre do ano, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A taxa é a mais alta para trimestres desde que o instituto começou a publicar a pesquisa, em 2012.

No período, o número de desempregados no Brasil foi de 14,2 milhões de pessoas.

São cerca de 1,8 milhão de desempregados a mais do que no trimestre de outubro a dezembro, alta de 14,9% na população desocupada. Em um ano, são 3,1 milhões de pessoas a mais sem emprego, um aumento de 27,8%.

Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (28) e fazem parte da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua, do IBGE. A pesquisa não usa só os trimestres tradicionais, mas períodos móveis (como fevereiro, março e abril; março, abril e maio etc.).

Comparação com resultados anteriores

No trimestre de janeiro a março de 2017, a taxa de desemprego foi de 13,7%:

  • no trimestre de outubro a dezembro, havia sido de 12%;
  • no trimestre de dezembro a fevereiro, havia sido de 13,2%;
  • um ano antes (janeiro a março de 2016), havia sido de 10,9%.

O número de desempregados chegou a 14,2 milhões:

  • no trimestre de outubro a dezembro, havia sido de 12,3 milhões;
  • no trimestre de dezembro a fevereiro, havia sido de 13,5 milhões;
  • um ano antes (janeiro a março de 2016), havia sido de 11,1 milhões.

Número de trabalhadores

O número de pessoas com trabalho foi de 88,9 milhões entre janeiro e fevereiro, queda de 1,5% em relação ao período de outubro a dezembro, ou 1,3 milhão de pessoas a menos.

Em um ano, o total de trabalhadores caiu 1,9%, o que equivale a cerca de 1,7 milhão de pessoas.

Rendimento de R$ 2.110

O rendimento real (ajustado pela inflação) do trabalhador ficou, em média, em R$ 2.110. O valor é 2,23% maior que o do trimestre de outubro a dezembro (R$ 2.064) e 2,48% maior comparado com o mesmo período do ano anterior (R$ 2.059). O IBGE considera que houve estabilidade nas duas comparações.

Número de carteiras

O número de empregados com carteira assinada ficou em 33,4 milhões, queda de 1,8% na comparação com o trimestre de outubro a dezembro, ou 559 mil pessoas a menos com carteira. Em um ano, o país perdeu 1,2 milhão de empregos com carteira, recuo de 3,5%.

Metodologia da pesquisa

Os dados fazem parte da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua. São pesquisadas 211.344 casas em cerca de 3.500 municípios.

O IBGE considera desempregado quem não tem trabalho e procurou algum nos 30 dias anteriores à semana em que os dados foram coletados.