Desemprego é de 13,3% e atinge 13,8 milhões de trabalhadores, diz IBGE
O desemprego no país foi de 13,3%, em média, no trimestre de março a maio, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
No período, o número de desempregados no Brasil foi de 13,8 milhões de pessoas.
Os números tiveram leve queda em relação ao trimestre de fevereiro a abril, quando a taxa de desemprego foi de 13,6% e a população desocupada chegou a 14 milhões.
Em relação ao trimestre de dezembro a fevereiro, são cerca de 300 mil desempregados a mais, alta de 2,2%. Em um ano, são 2,3 milhões de pessoas a mais sem emprego, um aumento de 20,4%.
Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (30) e fazem parte da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua, do IBGE. A pesquisa não usa só os trimestres tradicionais, mas períodos móveis (como fevereiro, março e abril; março, abril e maio etc).
Aumento da informalidade
A desaceleração da taxa de desemprego no trimestre encerrado em maio veio com redução das vagas de trabalho com carteira assinada, afirmou Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE.
"Perdemos 2,7 milhões de postos de trabalho com carteira em dois anos", disse Azeredo.
Segundo ele, como a crise aumentou a informalidade, com mais postos sem carteira assinada, houve uma mudança na estrutura do mercado de trabalho desde 2012.
A indústria, que perdeu 91 mil vagas no trimestre até maio em relação ao mesmo período de 2016, perdeu participação na população ocupada. No trimestre encerrado em maio de 2012, representava 14,7%; hoje, tem 13%. Já a participação do comércio saltou de 18,6% para 19,3%, no mesmo período. "O comércio é um grupamento muito aderente à informalidade", afirmou.
Comparação com resultados anteriores
No trimestre de março a maio de 2017, a taxa de desemprego foi de 13,3%:
- no trimestre de dezembro a fevereiro, havia sido de 13,2%;
- no trimestre de fevereiro a abril, havia sido de 13,6%;
- um ano antes (março a maio de 2016), havia sido de 11,2%.
O número de desempregados chegou a 13,8 milhões:
- no trimestre de dezembro a fevereiro, havia sido de 13,6 milhões;
- no trimestre de fevereiro a abril, havia sido de 14 milhões;
- um ano antes (março a maio abril de 2016), havia sido de 11,4 milhões.
Número de trabalhadores
O número de pessoas com trabalho foi de 89,7 milhões entre março e maio, aumento de 0,34% em relação ao período de dezembro a fevereiro, ou300 mil pessoas a mais.
Em um ano, o total de trabalhadores caiu 1,32%, o que equivale a cerca de 1,2 milhão de pessoas.
Rendimento de R$ 2.109
O rendimento real (ajustado pela inflação) do trabalhador ficou, em média, em R$ 2.109. O valor é 0,33% maior que o do trimestre de dezembro a fevereiro (R$ 2.102) e 2,28% maior comparado com o mesmo período do ano anterior (R$ 2.062). O IBGE considera que houve estabilidade nas duas comparações.
Número de carteiras
O número de empregados com carteira assinada ficou em 33,3 milhões, queda de 1,4% na comparação com o trimestre de dezembro a fevereiro, ou 479 mil pessoas a menos com carteira. Em um ano, o país perdeu 1,2 milhão de empregos com carteira, queda de 3,4%.
Metodologia da pesquisa
Os dados fazem parte da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua. São pesquisadas 211.344 casas em cerca de 3.500 municípios.
O IBGE considera desempregado quem não tem trabalho e procurou algum nos 30 dias anteriores à semana em que os dados foram coletados.
(Com Agência Estado)
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