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Desemprego é de 12,6% e atinge 13,1 milhões de trabalhadores, diz IBGE

Do UOL, em São Paulo

29/09/2017 09h08Atualizada em 29/09/2017 09h50

O desemprego no país foi de 12,6%, em média, no trimestre de junho a agosto, de acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A taxa caiu em relação ao trimestre anterior (13,3%), mas subiu na comparação com o mesmo trimestre do ano passado (11,8%).

Ainda segundo o IBGE, o número de desempregados no Brasil de junho a agosto foi de 13,1 milhões de pessoas. Isso representa uma melhora em relação ao trimestre anterior (13,8 milhões), com queda de 4,8%. Na comparação com o mesmo período de 2016, porém, são milhão 1,1 milhão de pessoas a mais sem emprego, um aumento de 9,1%.

Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (29) e fazem parte da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua. A pesquisa não usa só os trimestres tradicionais, mas períodos móveis (como fevereiro, março e abril; março, abril e maio etc.).

Aumento da informalidade

A taxa de desemprego caiu no trimestre de junho a agosto puxada, mais uma vez, pela geração de vagas de trabalho sem carteira assinada, segundo o IBGE.

O período registrou 33,4 milhões de pessoas com carteira assinada, praticamente o mesmo número do período anterior (33,3 milhões). Em relação ao mesmo trimestre de 2016, houve uma queda de 2,34%, com menos 800 mil postos de trabalho com carteira assinada.

Para o coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azevedo, o aumento da informalidade é o primeiro passo da recuperação do mercado de trabalho. "Quase 70% dos empregos gerados agora são na informalidade. Aconteceu isso em todas as crises", diz.

Das 1,4 milhão de pessoas ocupadas a mais no trimestre encerrado em agosto, mais da metade se deve ao crescimento do emprego em categorias da ocupação informal: empregado sem carteira assinada e por conta própria.

No trimestre, houve aumento de 2,1% dos trabalhadores por conta própria, com mais 472 mil pessoas, totalizando 22,8 milhões de pessoas nessa categoria. E foi registrado crescimento de 286 mil pessoas sem carteira assinada, com um total de 10,8 milhões de ocupados sem carteira no país.

Indústria e administração pública

Entre os setores, o aumento do emprego se deve principalmente à indústria (1,9% ou mais 227 mil pessoas), à construção (2,9% ou mais 191 mil pessoas), e à administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (2,7% ou mais 414 mil pessoas).

“A geração de postos de trabalho vem sendo expressiva na indústria, mas em agosto chamou atenção a volta de geração de ocupações na construção civil e no grupo da administração pública, em razão da volta de contratações nas prefeituras”, diz Azeredo.

População ocupada

O número de pessoas com trabalho foi de 91,1 milhões entre junho e agosto, aumento de 1,5% em relação ao trimestre anterior, ou 1,4 milhão de pessoas a mais. Em um ano, o total de trabalhadores subiu 1,1%, o que equivale a cerca de 1 milhão de pessoas.

Rendimento de R$ 2.105

O rendimento real (ajustado pela inflação) do trabalhador ficou, em média, em R$ 2.105. O valor representa queda de 0,52% em relação ao período anterior (R$ 2.116), mas subiu 1,89% comparado com o mesmo período de 2016 (R$ 2.066). O IBGE considera que houve estabilidade nas duas comparações.

Comparações

No trimestre de junho a agosto de 2017, a taxa de desemprego foi de 12,6%:

  • no período de março a maio de 2017, havia sido de 13,3%;
  • no trimestre de maio a julho de 2017, havia sido de 12,8%;
  • no período de junho a agosto de 2016, havia sido de 11,8%.

O número de desempregados chegou a 13,1 milhões:

  • no período de março a maio de 2017, havia sido de 13,8 milhões;
  • no trimestre de maio a julho de 2017, havia sido de 13,3 milhões;
  • no período de junho a agosto de 2016, havia sido de 12 milhões.

Metodologia da pesquisa

Os dados fazem parte da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua. São pesquisadas 211.344 casas em cerca de 3.500 municípios.

O IBGE considera desempregado quem não tem trabalho e procurou algum nos 30 dias anteriores à semana em que os dados foram coletados.

(Com Reuters)