Criação de games, marketing digital: 10 profissões que devem bombar em 2018
Com o desemprego ainda alto e a economia se recuperando lentamente, qual é a melhor aposta para ter sucesso no mercado de trabalho em 2018? Para especialistas ouvidos pelo UOL, devem estar em alta carreiras ligadas à eficiência, ou seja, que ajudem a produzir mais com menos. É o caso do controlador financeiro, do gestor comercial e do gestor de cadeia de produção.
Outra área de destaque, segundo eles, é tecnologia e informática, com profissionais como desenvolvedor web e criador de games. As carreiras que atuam com interação com o público, como o marketing digital, também são apontadas como promissoras para o próximo ano, já que aproximam as empresas de seus públicos.
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Veja dez profissões apontadas como promissoras para 2018:
1. Desenvolvedor de jogos eletrônicos
"Cada vez mais, os jogos eletrônicos têm sido utilizados tanto para o lazer quanto para fins educacionais", diz a professora Anna Cherubina Scofano, coordenadora nacional do curso de Analista de Recursos Humanos da FGV (Fundação Getulio Vargas).
Segundo ela, o objetivo dos jogos é estimular a interação da empresa com o público-alvo --no caso da educação, com os alunos.
Podem atuar nesse ramo designers, programadores, artistas 3D, entre outros. Geralmente, trabalham em estúdios ou agências terceirizadas, que prestam serviços para empresas.
2. Desenvolvedor web
Deve continuar em alta a procurar por desenvolvedores web, especialmente com o aumento do acesso a conteúdos pelo celular. Esse tipo de profissional trabalha com linguagens de programação e desenvolve sites e aplicativos.
"A diferença é que está aumentando a procura por profissionais que trabalhem com desenvolvimento de plataformas mobile [como páginas voltadas para smartphones e aplicativos]", diz Guillermo Bracciaforte, cofundador da Workana, plataforma para oerta de serviços e contratação de autônomos. Isso porque cada vez mais pessoas acessam conteúdos pelo celular.
3. Especialista em marketing digital
Bracciaforte afirma que deve haver grande procura por pessoas que atuem com marketing digital, especialmente com foco em Google e Facebook.
Dentro dessa área, ele cita os especialistas em SEO (Search Engine Optimization), que busca melhorar o posicionamento de um site nas páginas de busca, como o Google.
4. Infografista
Com o aumento da utilização de redes sociais, Bracciaforte afirma que as empresas estão buscando mais infografistas, profissionais que desenvolvem ilustrações virtuais.
"Esse tipo de conteúdo é bastante utilizado pelas empresas com o objetivo de aumentar a interação com os clientes e gerar engajamento com a marca."
5. Controlador financeiro (controller)
É responsável por analisar e coordenar o uso dos recursos financeiros dentro da empresa. "Muito provavelmente, vamos ver em alta algumas profissões que levam em consideração a otimização do processo produtivo", diz a economista Juliana Inhasz, professora da Fecap (Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado).
Como a recuperação econômica é um processo lento, diz ela, as empresas "ainda não vão apostar todas as fichas em aumentar maquinário e modernizar pátio de produção" e devem apostar em reduzir e otimizar gastos, buscando um retorno maior.
"Muitas vezes, o diretor financeiro de uma empresa entende que você precisa ter alguns gastos extras em um determinado momento para conseguir chegar a um resultado. Já a função do controlador financeiro é fazer com que se produza cada vez mais com menos", diz Juliana. Segundo ela, a diferença para o engenheiro de produção é que esse último lida mais com a parte técnica, como escolha de materiais, etc..
6. Diretor comercial
Diante dos sinais de recuperação do comércio, essa é uma das carreiras que tende a ser procurada em 2018, diz Juliana.
"O diretor comercial está preocupado em como inserir um produto no mercado com preços competitivos, para melhor atender o consumidor."
7. Gestor de supply chain (logística)
O gestor de supply chain gerencia o processo de logística de um produto, desde o momento em que sai da empresa até chegar ao cliente --que pode ser o consumidor final ou outra organização para qual o material é fornecido.
"Por exemplo, no caso da cadeia automotiva, o gestor de suppy chain de um fabricante de autopeças tem que cuidar de todo o procedimento de entrega do material para a montadora cliente", diz a economista Juliana Inhasz, da Fecap.
Esse tipo de profissão estará em alta, segundo ela, justamente por causa da busca por eficiência. O objetivo será evitar perdas e desperdícios ao transportar a mercadoria de um lugar para outro.
8. Analista de dados
Com um volume cada vez maior de dados disponíveis (o chamado big data), é necessário um profissional capaz de analisar esses indicadores, sejam da empresa ou do mercado como um todo. "O objetivo é tentar antecipar tendências e identificar movimentos econômicos ou financeiros que possam trazer oportunidade de ganho maior", diz Juliana.
Ela afirma que, geralmente, atuam nesta área profissionais formados em estatística ou engenharia.
9. Especialista em e-commerce
A área também deve se manter aquecida no ano que vem, diz Marcelo Olivieri, diretor da consultoria Trend.
Para ele, as redes varejistas devem dar preferência aos profissionais com conhecimento sobre market place, uma espécie de shopping virtual: sites de grandes lojas permitem que comerciantes parceiros usem seu espaço virtual para fazer as vendas, em troca de comissão.
10. Gerontólogo
Na contramão das demais tendências, que focam no uso da tecnologia, os gerontólogos devem ganhar mais espaço em 2018, na opinião da economista Juliana Inhasz.
Esses profissionais fazem o acompanhamento de pacientes idosos, porém com uma formação mais específica do que os cuidadores convencionais. Lidam com reabilitação, nutrição e cuidados paliativos, entre outros. "Essa área deve ter uma demanda cada vez maior por causa do envelhecimento da população."
Existem cursos de graduação e pós-graduação em gerontologia. Entretanto, segundo a professora, também atuam nessa área profissionais ligados a outras áreas da saúde, como fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais.
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