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Veja as ações mais recomendadas para dezembro por 11 corretoras

Epaminondas Neto

Do UOL, em São Paulo

05/12/2012 06h00

A cada mês, os especialistas do setor financeiro enviam a seus clientes uma lista de ações recomendadas.

Essa lista pode ser preparada tendo em vista vários objetivos: garantir uma relativa tranquilidade ao investidor, com sugestão de papéis que tendem a variar pouco de preço e que pertencem a empresas que repartem generosamente seus lucros com os acionistas.

Outro objetivo pode ser “crescimento”: o profissional seleciona um punhado de ações que julga ter maior potencial para valorizar nos próximos 12 meses.

A reportagem do UOL consultou as listas de 11 corretoras de valores (responsáveis pela negociação dos papéis na Bolsa) e reuniu as ações mais frequentemente citadas pelos especialistas.

A ação preferencial do Bradesco foi o papel mais sugerido, com sete citações. Com seis “votos” cada, as ações preferenciais da Ambev, do Pão de Açúcar e da Vale também foram as mais constantes nos relatórios das corretoras.

A ação preferencial do grupo siderúrgico Gerdau foi mencionada em cinco listas diferentes. E sugeridas por quatro corretoras distintas surgem as ações ordinárias da MRV, e das Lojas Renner além das ações preferencias da Telefônica e da Petrobras.

Mais de 50 ações são citadas nas diversas listas sugeridas pelos especialistas das corretoras de valores, e revisadas a cada mês. Os demais papéis tiveram entre três e duas menções cada.

Veja abaixo os comentários desses profissionais sobre os papéis mais citados.

Bradesco PN

Alguns especialistas temem um possível aumento da inadimplência no ano que vem, o que afeta as receitas do banco com empréstimos. Mas a opinião não é unânime, e os mais otimistas acham que “o pior já passou” nessa questão. Outros destacam o crescimento das receitas do banco de varejo com a parte de previdência e seguros.

Ambev PN

O aumento da renda do brasileiro ajuda no consumo do principal produto da fabricante de cervejas, o que melhora o faturamento. Mas há o risco de um aumento da concorrência (com a entrada de multinacionais no mercado brasileiro), o que pode forçar o reajuste de preços das bebidas abaixo da inflação.

Pão de Açúcar PN

Especialistas veem a divisão de alimentos do grupo como um “seguro” para a empresa, já que o consumo desses produtos pouco varia mesmo em momentos de crise. Por outro lado, a luta entre os seus “donos” (controladores) preocupa.

Vale PN

Se a China continuar a crescer fortemente, a ação preferencial da exportadora de minério de ferro tende a subir. Por outro lado, a empresa tem pendências judiciais importantes a respeito de impostos devidos. E outros especialistas temem que o preço do minério possa se estabilizar no ano que vem ou até mesmo ter uma leve queda.

Gerdau PN

Caso os EUA (mercado externo) e o Brasil (mercado interno) voltem a crescer com mais força em 2013, a ação preferencial do grupo siderúrgico vai ganhar destaque. Mas se o real se valorizar novamente contra o dólar, as vendas para o exterior devem ser prejudicadas.

MRV ON

O desempenho positivo da construtora com o programa federal para habitação popular “Nossa Casa Nossa Vida” é a maior razão pela qual é citada por vários especialistas.

Petrobras PN

As ações da petrolífera nunca deixam de constar em alguma lista do mercado, apesar do pobre desempenho do passado recente. Especialistas insistem que o valor da ação está baixo, e que o reajuste dos combustíveis esperado para o ano que vem deve fazer o preço do papel reagir.

Renner ON

Especialistas mencionam o endividamento baixo do grupo varejista como um ponto positivo.  Caso a expectativa de fortes vendas para o final de ano se concretize, a ação ordinária pode ganhar destaque.

Telefônica PN

Para a corretora do Bradesco, a queda dos preços da ação preferencial criou um “interessante ponto de entrada” para investir nessa empresa. Mas salienta que o grupo telefônico enfrenta uma forte concorrência no setor, além da necessidade de mais investimentos em tecnologia (o que tem impacto sobre o lucro no curto prazo).

Foram consultadas as corretoras Coinvalores, Concórdia, Fator, Geração Futuro, Geral, Planner, Souza Barros e Um Investimentos, além das corretoras do Banco do Brasil, do Bradesco e do Itaú.