Pague suas dívidas com restituição do IR; veja mais dicas
A Receita Federal deposita nesta terça-feira (15) o pagamento do sétimo e último lote de restituições do Imposto de Renda de 2015 (ano-base 2014). O lote inclui também restituições de 2008 a 2014 que tinham ficado na malha fina.
Serão contemplados 2.819.112 contribuintes, totalizando o valor de R$ 3,6 bilhões.
O melhor destino para esse dinheiro é quitar as dívidas, apontam Ricardo Rocha, professor de Finanças do Insper, e Miguel Ribeiro de Oliveira, diretor-executivo da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade).
Para quem não tem dívidas, a melhor opção, segundo eles, é investir na renda fixa.
"Quem faz um bom planejamento financeiro pessoal sabe que a restituição é um dinheiro com o qual não se deve contar, porque pode ser que a pessoa receba naquele ano, como pode receber em cinco anos, ou até mesmo não receber, caso a Receita discorde da declaração", diz Rocha.
"Dessa forma, o melhor destino a dar para ele é quitar as dívidas mais caras, especialmente num ano de crise como esse, ou reforçar a poupança."
Veja as dicas:
1) Pague as dívidas mais caras
- Quite ou diminua endividamentos caros, como dívidas no cheque especial ou no cartão de crédito
- Segundo dados da Anefac, os juros ao consumidor chegaram, em outubro, ao maior nível em seis anos
- As dívidas do cheque especial estavam com juros de 10,36% ao mês, em média
- No cartão de crédito, os juros estavam ainda maiores: 13,73% ao mês
- Esses juros altíssimos fazem com que as dívidas aumentem de valor muito rapidamente
- O Código de Defesa do Consumidor garante o abatimento dos juros quando a quitação da dívida ocorre antecipadamente
2) Em vez de investir, pague dívidas menores
- Mesmo não tendo dívidas tão caras quanto cheque especial e cartão de crédito, Oliveira sugere usar a restituição para abater ou quitar as dívidas de outros financiamentos, tais como empréstimo consignado ou prestações de lojas
- Um investimento pode pagar menos que o custo da prestação. Os juros do consignado variam de 1,9% a 3% ao mês, enquanto uma aplicação financeira em renda fixa paga, em média, 0,82% ao mês, diz ele
3) Comece ou reforce a poupança
- Para quem está sem dívidas, o ideal é começar ou reforçar o "pé de meia"
- O ideal é criar uma reserva de emergência que cubra de três a seis meses de despesas e, depois, começar a formar uma poupança para realizar os sonhos, tais como troca de carro ou aposentadoria
- A sugestão de investimento é na renda fixa, por causa da alta taxa de juros; Ricardo Rocha também sugere investir nos títulos do Tesouro Direto
- No curto prazo (até dois anos), os títulos recomendados são o Tesouro Selic, que acompanham a alta de juros
- No longo prazo, são recomendados os títulos Tesouro IPCA+, que acompanham a inflação
- Oliveira diz que fundos DI com baixas taxas de administração (1% no máximo) também são boas opções
- Esqueça a poupança, pois ela está perdendo da inflação. Em novembro, teve rentabilidade negativa de 2,29%
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