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ANÁLISE

Análise: Os melhores investimentos no possível cenário de Selic a 13,25%

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Imagem: Pixabay

Rafael Bevilacqua

17/05/2022 10h50

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O diretor de política monetária do Banco Central, Bruno Serra Fernandes, participou na segunda-feira (16) de um evento promovido pelo banco Goldman Sachs, durante o qual falou a respeito dos próximos passos no combate à inflação no Brasil.

Durante o evento, Serra reconheceu que o BC esperava poder encerrar o atual ciclo de alta dos juros após a reunião de maio, mas teve que dar uma "sinalização de provável extensão" desse ciclo diante do cenário desfavorável.

Além disso, o diretor disse que enxerga como adequada uma interrupção da alta dos juros em breve e a manutenção da Selic em um patamar mais elevado por mais tempo para que a inflação convirja para a meta.

Para justificar sua visão, Serra diz que os juros entraram recentemente em terreno contracionista, ou seja, o patamar no qual tanto a inflação quanto a atividade econômica tendem a arrefecer. Sendo assim, os efeitos da alta da Selic devem começar a ser sentidos no segundo semestre deste ano.

Diante da fala do diretor, o mercado aumentou as apostas em uma elevação final da taxa básica de juros em 0,5 ponto percentual durante a próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), para 13,25% ao ano. Além disso, cresce a expectativa para que a taxa se sustente nesse patamar por mais tempo.

Nesse provável cenário, como ficam os investimentos?

Primeiramente, muitas oportunidades devem surgir na renda fixa. Com a Selic no pico, o momento se torna ideal para os investidores que desejam lucrar tanto com uma promessa de rentabilidade mais alta quanto com os ganhos viabilizados pela marcação a mercado dos títulos.

Uma vez que se solidifique a noção de que os juros vão parar de subir no Brasil, os títulos do Tesouro Direto surgem como opções de investimento bastante atrativas.

Caso você esteja buscando uma boa rentabilidade para seus investimentos, os títulos públicos do tipo Tesouro Selic são a opção ideal.

Nesse tipo de investimento, há uma menor exposição aos riscos oferecidos pela marcação a mercado, o que torna esses títulos mais seguros para quem pode precisar resgatar antecipadamente o valor aplicado.

Para quem quer obter ganhos mais expressivos com a renda fixa, é válido ficar de olho nos títulos Tesouro Prefixado e Tesouro IPCA+, mais sujeitos às oscilações da marcação a mercado.

Isso porque o valor unitário desses títulos tende a oscilar conforme as taxas de juros mudam: quando os juros sobem, esses títulos tendem a se desvalorizar, mas quando os juros caem, a tendência é que eles subam de preço.

Portanto, ao investir em um desses títulos enquanto os juros estão em alta, você pode se beneficiar da valorização desse ativo durante a queda dos juros, e pode obter ganhos ainda mais expressivos com a venda do título em questão antes do seu vencimento.

Leia no 'Investigando o Mercado' (exclusivo para assinantes do UOL Investimentos): informações sobre os resultados da Raízen referentes ao quarto trimestre do ano-safra 2021/2022.

Um abraço,

Rafael Bevilacqua
Estrategista-chefe e sócio-fundador da Levante

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Este material foi elaborado exclusivamente pela Levante Ideias e pelo estrategista-chefe e sócio-fundador Rafael Bevilacqua (sem qualquer participação do Grupo UOL) e tem como objetivo fornecer informações que possam auxiliar o investidor a tomar decisão de investimento, não constituindo qualquer tipo de oferta de valor mobiliário ou promessa de retorno financeiro e/ou isenção de risco . Os valores mobiliários discutidos neste material podem não ser adequados para todos os perfis de investidores que, antes de qualquer decisão, deverão realizar o processo de suitability para a identificação dos produtos adequados ao seu perfil de risco. Os investidores que desejem adquirir ou negociar os valores mobiliários cobertos por este material devem obter informações pertinentes para formar a sua própria decisão de investimento. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, podendo resultar em significativas perdas patrimoniais. Os desempenhos anteriores não são indicativos de resultados futuros.