Análise: Por que resultado ruim da Snap afeta Facebook e Google?

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As ações de empresas norte-americanas do setor de tecnologia foram prejudicadas pelo mau humor que tomou conta dos mercados após as notícias de que a Snap Inc. (NYSE: SNAP) provavelmente não conseguirá cumprir as metas estabelecidas em seu guidance (projeção) para o segundo trimestre deste ano.
Evan Spiegel, CEO da companhia, comunicou na terça-feira (24) que a Snap deve entregar resultados abaixo do piso das metas de receita e lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) estabelecidas para o período.
Diante da notícia, as ações da companhia se desvalorizaram 43,08% no pregão da véspera, fechando a sessão cotadas a US$ 12,79.
Mas, afinal, por que as perdas de uma empresa tech que há muito não figura entre as maiores do setor incomodam tanto os acionistas de gigantes como a Meta (NASDAQ: FB), dona do Facebook, e a Alphabet (NASDAQ: GOOGL), dona do Google?
A resposta para essa pergunta é simples: porque todas as companhias de tecnologia estão sujeitas às dificuldades decorrentes da deterioração da economia global.
Em sua nota aos funcionários da Snap, Spiegel destacou a escalada da inflação e dos juros como os principais motivos para a piora das projeções para o desempenho da companhia no trimestre.
O CEO citou ainda os efeitos da guerra na Ucrânia e da escassez de insumos e componentes imprescindíveis para o bom funcionamento das cadeias produtivas globais como fatores que têm pesado negativamente para o desempenho da economia mundial como um todo, tornando o cenário mais turbulento para as techs.
O temor do mercado é que a desaceleração pela qual a Snap Inc. vem passando sinalize uma tendência para todo o setor, especialmente após os recentes resultados da Meta, que frustraram as expectativas do mercado.
Ainda é cedo para avaliar qual deve ser o impacto da alta de juros global e da desaceleração da atividade econômica nos EUA sobre os resultados das principais empresas de tecnologia do planeta, mas é evidente que a perspectiva de curto prazo para tais companhias não é das mais animadoras.
Leia no 'Investigando o Mercado' (exclusivo para assinantes do UOL Investimentos): informações sobre a nova aquisição da holding Cosan.
Aproveite o dia para rever os destaques das outras newsletters de Economia do UOL. Em A Companhia temos uma análise sobre as ações do Assaí Atacadista, que registrou recorde de vendas para um primeiro trimestre, totalizando R$ 11,4 bilhões. Em UOL Investimentos, você vê quatro cuidados para não desperdiçar o bom rendimento dos fundos de renda fixa. E na Carteira Recomendada, trazemos um relatório sobre a alta de juros nos EUA e como isto afeta o bitcoin.
Um abraço,
Rafael Bevilacqua
Estrategista-chefe e sócio-fundador da Levante
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Este material foi elaborado exclusivamente pela Levante Ideias e pelo estrategista-chefe e sócio-fundador Rafael Bevilacqua (sem qualquer participação do Grupo UOL) e tem como objetivo fornecer informações que possam auxiliar o investidor a tomar decisão de investimento, não constituindo qualquer tipo de oferta de valor mobiliário ou promessa de retorno financeiro e/ou isenção de risco . Os valores mobiliários discutidos neste material podem não ser adequados para todos os perfis de investidores que, antes de qualquer decisão, deverão realizar o processo de suitability para a identificação dos produtos adequados ao seu perfil de risco. Os investidores que desejem adquirir ou negociar os valores mobiliários cobertos por este material devem obter informações pertinentes para formar a sua própria decisão de investimento. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, podendo resultar em significativas perdas patrimoniais. Os desempenhos anteriores não são indicativos de resultados futuros.
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