Cogna (COGN3) dispara 8% com rumores de fusão com a Yduqs (YDUQ3)
As ações da Cogna (COGN3) sobem 8,4% no Ibovespa por volta das 11h30 desta quinta-feira (26).
Os papéis da companhia reagem a notícia de uma fusão entre Cogna e Yduqs (YDUQ3).
As ações da Yduqs, por sua vez, avançam 8,5% com os rumores.
Após os rumores mexerem com o mercado, a COGN3 se manifestou dizendo que “não há informações a serem divulgadas ao mercado sobre qualquer transação envolvendo a companhia e as entidades mencionadas na notícia”.
Apesar de não haver formalizações, segundo informações do jornal Valore Econômico, já surgiram obstáculos nas negociações. O principal impasse é a inclusão dos ativos de educação básica da Cogna no acordo.
A companhia deseja integrá-los à transação, mas a Yduqs não tem interesse em adquiri-los. Como as duas empresas possuem tamanhos semelhantes, a exclusão desses ativos deixaria a Cogna em desvantagem, segundo fontes do Valor.
Em termos de comparação, em 2022, a Cogna registrou receita líquida de quase R$ 6 bilhões e um Ebitda de R$ 1,8 bilhão. Já a Yduqs apresentou receita de R$ 5,1 bilhões e um lucro operacional de R$ 1,6 bilhão.
Outro fator de complicação é a complexidade das relações entre os envolvidos. A recente aquisição da Inspira pela Advent, acionista relevante da Yduqs, e a presença de Chaim Zaher, maior acionista individual da Yduqs e controlador do Grupo SEB e da Conexia (ambas no ramo de educação básica), criam potenciais conflitos de interesse.
A Cogna, por sua vez, possui duas operações de educação básica: a Vasta, listada na Nasdaq e que inclui sistemas de ensino como Anglo e pH, e o negócio de venda de livros didáticos das editoras Saraiva, Ática e Scipione para o governo federal, que gerou um Ebitda recorrente de R$ 175 milhões em 2023.
Fusão da Cogna tem histórico
Vale destacar que essa operação já teve uma tentativa análoga há cerca de sete anos.
Em meados de 2017 o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) vetou a compra da Estácio (hoje da Yduqs) pela Kroton (hoje da Cogna).
A operação teria resultado na junção das duas maiores instituições privadas de ensino superior do país.
Segundo analistas da Genial Investimentos, “a fusão foi rejeitada por questões de concentração no setor de educação a distância (EAD), mas o cenário mudou com a entrada de novos concorrentes e a flexibilização das regras pelo MEC”.
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