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Com juros baixos, busca por ações e fundos no Google subiu até 89% em 2020

Arte UOL
Imagem: Arte UOL

Hygino Vasconcellos

Colaboração para o UOL, em Chapecó (SC)

11/01/2021 12h57

Mesmo com a pandemia, a procura por investimentos no buscador Google cresceu 67% no ano passado, em relação a 2019. O mês de março foi o que teve a maior busca pela palavra: de 50% a mais em relação à média anual. Os dados constam em levantamento do Google publicado com exclusividade pelo UOL.

Chama a atenção o interesse por aplicações em renda variável, que aumentou 89% em 2020, com a busca por ações, criptomoedas e ETFs (Exchange Traded Funds, índices que replicam outros índices), por exemplo. Em um cenário de juros em níveis historicamente baixos, o que reduz o rendimento da renda fixa, o brasileiro buscou a renda variável, mais arriscada, para tentar ganhar mais.

O Google verificou ainda aumento anual de 73% na procura por fundos, como os imobiliários, os multimercados e os de renda fixa. Já o interesse por termos amplos, por exemplo, "como investir", cresceu 37%.

Aplicações mais conservadoras registraram alta de 5% nas buscas, como poupança, CDB e Tesouro Direito.

Por outro lado, as buscas por previdência privada caíram 32% no ano passado.

Procura por renegociação aumentou 41%

Outro tema econômico que foi muito buscado pelos brasileiros no Google no ano passado foi a renegociação de dívidas. A busca cresceu 41%, na comparação com o período anterior.

O pico foi registrado em abril, mês seguinte ao anúncio de calamidade pública devido à pandemia do coronavírus, quando ocorreu uma elevação de 69% na procura pelo termo no Google. Nos meses seguintes, a busca diminuiu e se manteve praticamente igual até o final do ano.

Também cresceu a procura por crédito: o aumento anual foi de 21%. Algumas linhas tiveram uma busca maior, como crédito imobiliário (56%) e consignado (43%). Também houve aumento na procura por crédito para veículos (18%), cheque especial (18%), crédito rural (15%), consórcio (8%) e crédito pessoal (4%).

Segundo o Google, o aumento pelas buscas também pode ter relação com a taxa Selic mais baixa da história, de 2% ao ano, o que torna mais baratos os financiamentos.

Não houve variação para crédito universitário. Entretanto, diminuiu a procura por leasing (-5%) e crédito para negativado (-17%).

Auxílio emergencial e conta corrente

O Google registrou aumento de 75% na procura pela expressão "conta corrente" no ano passado em comparação a 2019. No mês de abril foi registrado o pico nas buscas, de 114% em relação à média do ano.

O boom de interesse, lembra o Google, ocorreu no início do auxílio emergencial. O benefício, pago pelo governo federal, diminuiu o número de pessoas que não tinham conta em banco no Brasil, os chamados "desbancarizados", de 45 milhões para 12 milhões de pessoas. A Caixa Econômica Federal criou contas digitais para o pagamento dos benefícios.

Pix

Novidade no final ano passado, o Pix, sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central, também esteve entre os termos mais procurados no Google.

Foram registrados três picos de consultas. No dia 5 de outubro, quando começou o cadastramento das chaves; em 3 de novembro, quando a modalidade de pagamento instantâneo começou a funcionar de forma limitada; e em 16 de novembro, quando passou a operar plenamente.

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