Juros mais altos podem fazer você se acomodar com dinheiro na poupança
Os juros sobem para dar uma segurada na inflação, deixando o crédito mais caro e freando o consumo. Os investimentos também são impactados por esse indicador. Mas o que ele tem a ver com o seu hábito de investir?
Com a alta dos juros, alguns investimentos bem populares, como tesouro direto, CDBs e até a poupança ganham atratividade. É aí que está a pegadinha que pode afetar os hábitos dos investidores, segundo especialistas. Quem é iniciante, e tem medo de arriscar mais, ao ver investimentos populares rendendo um pouquinho a mais tende a querer se acomodar em produtos considerados ruins pelo mercado, como a poupança.
"Poupança não é investimento, é sofrimento", afirmou Tito Gusmão, CEO da Warren, durante o encontro do Guia do Investidor UOL, série de eventos gratuitos e quinzenais do UOL Economia+, para quem quer aprender a cuidar do próprio dinheiro. Veja abaixo como escapar dessa pegadinha e manter o hábito de investir.
Estratégia de longo prazo é a solução
Com a inflação na casa dos milhares nas décadas de 80 e 90, era impossível fazer qualquer tipo de planejamento financeiro. A realidade hoje é bem diferente. "O brasileiro percebeu a grande necessidade de montar uma reserva de emergência", disse Fabio Macedo, diretor da Easynvest by Nubank, durante o encontro.
Os especialistas admitem que é preciso ficar atento à movimentação dos juros. Mas ressaltam que o indicador não vai ser motivo de insônia para o investidor que tem uma estratégia de longo prazo. "A gente viu um boom ano passado na Bolsa e nos surpreendeu bastante esse pensamento de longo prazo", afirmou Gusmão.
O segmento de ações costuma ser um dos mais afetados quando os juros sobem, pois alguns títulos de renda fixa atrelados à Selic ficam mais atraentes. Ainda assim, muitos investidores criaram o hábito de diversificar e aprenderam a não fugir da renda variável nesses momentos. "Eles enxergam aquilo como oportunidade de comprar boas empresas", disse Fabio Macedo.
Investidor precisa se mexer
Quem tem o hábito de investir, sabe que todos os dias tem acontecimentos que vão influenciar o retorno das aplicações. O vai e vem de indicadores, como os juros, estimulam o hábito de pensar constantemente em novas oportunidades de investimento. Para Tito Gusmão, o investidor tem, hoje, todas as cartas na mesa.
"A gente sempre foi o país das altas de juros. Para que pensar em bons investimentos se dava para deixar em um CDB 'meia boca' e na poupança, para se ter um retorno razoável? Isso acabou. Essa geração nasceu com estabilidade de moeda e juros baixos", afirmou Gusmão.
Este material não é um relatório de análise, recomendação de investimento ou oferta de valor mobiliário. Este conteúdo é de responsabilidade do corpo jornalístico do UOL Economia, que possui liberdade editorial. Quaisquer opiniões de especialistas credenciados eventualmente utilizadas como amparo à matéria refletem exclusivamente as opiniões pessoais desses especialistas e foram elaboradas de forma independente do Universo Online S.A.. Este material tem objetivo informativo e não tem a finalidade de assegurar a existência de garantia de resultados futuros ou a isenção de riscos. Os produtos de investimentos mencionados podem não ser adequados para todos os perfis de investidores, sendo importante o preenchimento do questionário de suitability para identificação de produtos adequados ao seu perfil, bem como a consulta de especialistas de confiança antes de qualquer investimento. Rentabilidade passada não representa garantia de rentabilidade futura e não está isenta de tributação. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, a depender de condições de mercado, podendo resultar em perdas. O Universo Online S.A. se exime de toda e qualquer responsabilidade por eventuais prejuízos que venham a decorrer da utilização deste material.
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