Adiantar dividendos, como quer o governo, pode ser bom agora; mas e depois?
Mais dinheiro deve pingar no bolso de quem tem ações de estatais este ano. Isso porque o Ministério da Economia solicitou às quatro maiores estatais controladas pela União — Petrobras (PETR3 e PETR4), BNDES, Banco do Brasil (BBAS3) e Caixa — que avaliem a possibilidade de antecipar o pagamento de novos dividendos ao governo federal.
A ideia é usar os dividendos de estatais federais que o governo receberia só no ano que vem para bancar agora parte do pacote de benefícios que ampliou o valor mínimo do Auxílio Brasil para R$ 600, dobrou o valor do vale-gás e criou "vouchers" para caminhoneiros e taxistas. Tudo isso gerou uma despesa adicional de R$ 41,25 bilhões para a União até o fim do ano.
"Aparentemente as estatais vão concordar em pagar os dividendos antecipadamente. A Petrobras divulga amanhã (28) o balanço e já deve anunciar dividendos", diz Pedro Galdi, analista da Mirae Asset.
Mas isso é bom?
Para Guilherme Rebouças, sócio da OBB Capital, adiantar dividendos sempre é bom para o investidor, mas há o risco de o governo acelerar o pagamento de dividendos e pressionar o caixa das empresas, causando um impacto negativo.
Para Régis Chinchila e Luis Novaes, da equipe de análise da Terra Investimentos, Petrobras e Banco do Brasil têm mais capacidade de geração de caixa para aguentar esse adiantamento.
Galdi concorda. "No caso da Petrobras, a geração de caixa está forte e suporta", diz ele. A do BB, segundo ele, também.
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