McDonald's, Pizza Hut ou Burger King: em quais ações de fast food investir?
McDonald's, Starbucks, KFC, Burger King e Pizza Hut - a Bolsa de Valores de São Paulo tem vários papéis de empresas do setor de alimentação fora de casa e de redes de fast food, tanto nacionais, quanto internacionais. Mas será que vale a pena investir neles? Qual empresa de batata frita, hambúrguer, pizza ou café tem o melhor retorno para o seu bolso?
Dentre as opções de ações e recibos de ações (BDRs) disponíveis, algumas são um bom negócio e outras, nem tanto. Descubra a seguir o que acontece com cada uma delas:
BDR do McDonald's - MCDC34
A maior rede mundial de restaurantes de fast food de hambúrguer do mundo está em 119 países, com quase 40 mil restaurantes. Mas na Bolsa, ultimamente, a ação está meio murcha. A BDR da companhia na B3 acumula queda de 13,52% no ano, cotada a R$ 65,55.
Os tempos têm sido difíceis para a rede, já que a inflação e a guerra na Ucrânia pesaram em seus resultados no segundo trimestre e no ânimo do consumidor, segundo disse o presidente da empresa, Chris Kempczinski, no dia 26 de julho.
Com a grana mais curta, as pessoas deixam de comer fora de casa e isso vem prejudicando o McDonald's. A receita da empresa mundialmente entre abril, maio e junho deste ano caiu de US$ 5,81 bilhões para US$ 5,72 bilhões.
Mas a recomendação é de compra. Dentre 37 empresas de análises de mercado, 21 recomendam a ação (ou o BDR). Na Bolsa de Nova York, a ação do McDonald's (MCD) está cotada a US$ 253 e a estimativa media do mercado é que chegue em 12 meses a US$ 282, com uma possível melhora do mercado, oferta de itens mais baratos e programas de fidelidade.
BDR do Starbucks - SBUB34
Os recibos de ações da rede de cafeterias são bem caros. Estão cotados a R$ 467,92. E, recentemente, não têm entregado muitos ganhos. No ano, o ativo já desvalorizou 29,22%. Em Nova York, as ações custam US$ 90,50, com queda acumulada de 22% em 2022.
O cenário não parece que vai melhorar para a companhia: de 33 relatórios sobre a empresa, 17 recomendam não comprar nem vender a ação. Só 13 sugerem a compra, com preço alvo médio de US$ 97.
Recentemente, a Starbucks anunciou um plano para estimular o crescimento nos próximos três anos, com um novo equipamento que torna mais fácil para os baristas prepararem bebidas complicadas em segundos. E, como o McDonald's, a rede também aposta num sistema de recompensas para clientes fiéis. Mas o mercado acha que o plano da empresa para acelerar o atendimento nas lojas ainda vai demorar um pouco para surtir efeitos.
Domino Pizza - D2PZ34
Com queda de 45% no acumulado do ano, o BDR da rede americana de entregas de pizzas segue o desempenho da ação nos EUA, que também não é bom: queda de 33%. A recomendação de maior parte dos analistas é não comprar, nem vender.
O que está emperrando a ação é a queda no número de entregadores e a dificuldade da rede em contratar mais gente para esse trabalho. No trimestre passado, as vendas caíram 2,9% e 40% das lojas teve que recorrer a "call centers" para anotar os pedidos e assim redistribuir mão de obra de atendimento para as entregas.
Chipotle Mexican Grill - C1MG34
Outro "Brazilian Depozitary Reicipt" bem caro: R$ 448,20. E com queda de 6,28% no ano. Mas para este BDR a recomendação de 33 empresas que analisaram a Chipotle é de compra, com preço alvo de US$ 1.800 para a ação na bolsa americana, que hoje custa US$ 1.698.
O segredo da empresa foi repassar todos os aumentos de custos para os preços, mesmo que isso custasse a persa dos clientes mais suscetíveis à inflação.
"O consumidor de baixa renda definitivamente reduziu sua frequência de compra", disse o presidente da empresa, Brian Niccol, na teleconferência da empresa no final de julho. "Felizmente para a Chipotle, a maioria de nossos clientes é o consumidor de renda familiar mais alta."
KFC e Pizza Hut (IMC) - MEAL3
Essa ação é brasileira. A International Meal Company (IMC), além de ser proprietária de várias outras marcas, como a rede de restaurantes de beira de estrada Frango Assado, também é proprietária das operações brasileiras das marcas de fast food KFC, de frango frito, e Pizza Hut.
No segundo trimestre do ano, a empresa mostrou recuperação em relação aos anos da pandemia, mas ainda não alcançou o patamar de 2019. A receita líquida no período foi de R$ 445 milhões. A empresa tem 561 restaurantes.
Em 2019, no mesmo trimestre, ela foi de R$ 402 milhões - mas com 249 unidades. Por isso, com a ação custando R$ 2,11, a MEAL3 acumula perdas de 10,21% no ano.
Para tentar dar a volta por cima, a empresa acertou uma oferta de venda para toda sua operação no Aeroporto Internacional de Tocumén, no Panamá, para a Inflight Holdings Cayman por US$ 40 milhões. A IMC aposta na estratégia de simplificação do negócio e por isso tem vendido outras operações além dessa no Panamá. Com os recursos quer reduzir a dívida da empresa.
A movimentação é boa, mas o mercado ainda acha que vai demorar para as contas da empresa mostrarem crescimento. Por isso, a XP tem recomendação neutra para MEAL3, com preço alvo de R$ 4 por ação.
Burger King - BKBR3
Cotada a R$ 8,16 na Bolsa de Valores brasileira, a ação da Zamp, atual denominação da BK Brasil, está em alta.
Isso porque, desde agosto, a empresa dona da rede de lanchonetes Burger King vem recebendo propostas de compra de um fundo internacional. A valorização no ano já chega a 40,21%.
O fundo árabe Mubadala fez uma oferta pela rede de R$ 7,55 por ação, que foi rejeitada pela Zamp. Mas, na semana passada, o Mubadala fez uma contraproposta de R$ 8,31 por ação. Mas nesta quarta-feira (22), a Zamp informou que acionistas detentores de 22,55% do capital da companhia não querem aceitar a oferta de aquisição de ações, que seria feita pela MC Brazil F&B Participações, do fundo Mubadala.
Se fosse fechado, o Mubadala ficaria com 50,1% do capital social da dona do Burger King Brasil. Para o BTG, com toda essa movimentação, é uma oportunidade de compra, com potencial de valorização até R$ 14 - uma rentabilidade de 71%.
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