Qual é o melhor investimento hoje? Onde devo investir?

Qual o melhor investimento hoje? Onde devo investir o meu dinheiro? Qual investimento rende mais? Essas são as principais dúvidas de quem está começando a poupar dinheiro e quer investir no mundo das finanças para aumentar seu patrimônio e ter um futuro mais confortável.

As perguntas são simples, mas as respostas são mais complexas do que a maioria das pessoas imagina. Para entender qual o melhor investimento, é preciso acompanhar o cenário econômico, conhecer seus próprios objetivos e descobrir seu perfil de investidor.

Descubra seu perfil de investidor

Antes de começar a montar a sua carteira de investimentos, você precisa conhecer o seu perfil. Geralmente, as corretoras de valores fazem diversas perguntas que podem ajudar a conhecer melhor o seu perfil, que se enquadra em três categorias:

• Conservador, aquele que tem baixa tolerância ao risco;
• Moderado, aquele que está disposto a correr um pouco mais de riscos para ter uma rentabilidade maior;
• Agressivo, aquele que corre os maiores riscos para ter uma rentabilidade maior.

De acordo com Luca Panelli, assessor da iHub Investimentos, escritório ligado à XP, pessoas com perfil conservador tendem a alocar seus recursos em investimentos de baixo risco e, portanto, com rentabilidade menor. Um exemplo são os títulos do Tesouro Direto.

Já o perfil moderado tenta equilibrar o risco e o retorno financeiro. Por isso, a alocação de recursos em renda variável pode chegar até 20% do patrimônio total. Um investidor com esse perfil pode investir em ativos como debêntures, multimercados e ações.

Por fim, o investidor agressivo opta pelo risco maior com a expectativa de ter um retorno maior. Porém, a possibilidade de perder dinheiro também cresce neste cenário.

"O ganho está diretamente relacionado ao risco. Para entender seu perfil, simular alguns cenários na cabeça é importante. Se você tem R$ 100 mil, quanto aceitaria que isso fosse para trás?", declara o head de growth da Messem Investimentos, Vinicius Teixeira.

Tenha um objetivo claro

Ainda na fase de autoconhecimento, os investidores aconselham que você trace um objetivo claro. Você está economizando para viajar, para comprar um carro ou uma casa ou para ter uma aposentadoria confortável?

"Conhecendo melhor o seu objetivo, você vai tomar decisões de maneira muito mais assertiva do que fazendo as coisas pensando apenas em retorno financeiro", afirma Panelli, da iHub Investimentos.

Isso porque cada um desses objetivos exige um modelo de investimentos diferente, com data de vencimento e remuneração distintas.

Estude o cenário econômico

Depois de entender o seu perfil de investidor, os assessores aconselham acompanhar o ciclo econômico pelo qual o Brasil está passando. Por exemplo, em um cenário de juros altos e baixo crescimento, como o atual, os investidores costumam buscar investir em ações de empresas de setores mais resistentes à crise, como elétrico e bancário. Títulos públicos e de renda fixa também costumam ter rendimentos maiores.

Já quando os juros estão queda e a economia está crescendo, os investidores geralmente alocam seus recursos em títulos com juros prefixados. Por esse motivo, Teixeira diz que é importante olhar em três fatores antes de escolher onde investir: taxa de juros, inflação e crescimento da economia.

Panelli ressalta que é importante consultar um profissional do mercado financeiro para traduzir o que está acontecendo na economia, para alocar melhor os seus recursos. "Desta forma, você enxerga tudo que está acontecendo no mundo e que acaba refletindo no nosso país", diz.

Entre os fatores que impactam o cenário econômico no Brasil hoje estão as eleições presidenciais, o aumento dos juros nos Estados Unidos pelo banco central americano, o Fed, o impacto da guerra na Rússia e Ucrânia na economia da Europa, com redução do fornecimento de gás, e a desaceleração do crescimento da economia da China.

Cada um desses fatores vai influenciar na economia global de uma forma e, consequentemente, nos investimentos tanto na renda fixa quanto na renda variável.

Pense em uma carteira diversificada

Outro conselho dos assessores é colocar seu dinheiro em diversos investimentos e fontes de receitas diferentes. Além de não ficar refém do humor do mercado, isto permite que você conheça melhor outros tipos de ativos. Uma pessoa com um perfil conservador, por exemplo, pode pensar em alocar todos os seus recursos em renda fixa.

Diversificar seus ativos faz com que você ganhe experiência em produtos diferentes, diz ele. Se você fizer uma alocação concentrada em uma categoria, no dia em que o cenário não for muito bom você vai ter dificuldade por não conhecer outros produtos. Então, ter um pouco em cada faixa faz mais sentido, aconselha Teixeira, da Messem Investimentos.

Recorrência é o segredo

Além de conhecer o próprio perfil e de diversificar a carteira de investimentos, outro ponto importante é investir de forma sistemática e periódica. Segundo os assessores, são a consistência e as boas escolhas alinhadas ao perfil que vão trazer retornos financeiros para o investidor.

Por isso, eles recomendam que um percentual do salário mensal seja economizado, sempre que possível, e que esse dinheiro seja investido para atingir os seus objetivos futuros.

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