Educa+: Entenda em 6 pontos título do Tesouro Direto para futuro dos filhos
O Tesouro Educa+ é o novo título do Tesouro Direto que promete auxiliar as famílias a financiar a universidade dos filhos. O título começou a ser negociado hoje (1º) e o valor inicial para começar a investir é de cerca de R$ 30. Veja como vai funcionar o Educa+.
1. Que investimento é esse?
A proposta do investimento é ajudar a financiar a educação dos filhos. O objetivo é auxiliar pessoas de todas as idades auxiliar pessoas de todas as idades a guardar dinheiro, adquirindo os títulos, para o pagamento da mensalidade de uma instituição privada ou mesmo para cobrir despesas de ensino superior.
O investidor poderá escolher os títulos disponíveis para venda de acordo com ano de vencimento. O investidor poderá escolher os títulos disponíveis para venda de acordo com ano de vencimento.
A partir de outubro, familiares como tios, avós, poderão contribuir com o investimento de forma coletiva. "Existe como uma plataforma de educação financeira para as famílias", diz Rogério Ceron, Secretário do Tesouro Nacional. "Acreditamos que seja revolucionário como um investimento para a educação." Paulo Marques, do Tesouro, diz que ideia é que o investimento coletivo seja feito em forma de gift cards, que são valores que poderão ser creditados em nome da criança.
Empresas vão poder participar do Educa+. Desta forma, os pais investiriam um valor e a empresa em que trabalha poderia investir o mesmo valor, como ocorre com a aposentadoria.
O Educa+ deve colaborar com a educação financeira da população, porque estabelece um objetivo claro: investir para uma universidade. O título do Tesouro atende a várias camadas da população, uma vez que os valores investidos não são altos, e os investidores sabem que o valor é corrigido pela inflação. Acredito que terá um impacto positivo para a população
Thiago Godoy, educador financeiro da Rico
A dificuldade é que os brasileiros tenham mentalidade de longo prazo. As pessoas são imediatistas e quando têm um problema vão atrás do crédito. Essa facilidade de crédito irresponsável cria brasileiros irresponsáveis. É preciso investir em educação financeira, muito mais que criar um investimento com título bonitinho.
Thiago Martello, educador financeiro e diretor da Martello Educação Financeira
2. Como faço para adquirir?
Os títulos estão disponíveis na própria plataforma do Tesouro Direto ou por meio de corretoras. O investidor precisa fazer um cadastro para depois adquirir os títulos.
3. Qual o valor mínimo para investir?
Como os demais títulos do Tesouro, o valor mínimo é de cerca de R$ 30. Período para valor inicial para acumulação de capital será de 3 a 18 anos.
4. Qual será o rendimento?
Os títulos do Tesouro Educa+ garantem proteção contra os efeitos da inflação. É como se o investidor estivesse emprestando um dinheiro ao governo para receber de volta em alguns anos um valor maior.
Cada título será corrigido pela variação do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), mais uma taxa real. A taxa real varia de 5,07% a 5,42% — prazos mais longos têm rentabilidade mais alta. Após o vencimento do título, o investidor receberá fluxos mensais recorrentes por cinco anos a partir do dia 15 de janeiro do ano escolhido.
Hoje, os títulos do Tesouro disponíveis atrelados ao IPCA têm taxas adicionais que variam de 5,03% a 5,38%. Quanto maior o prazo de vencimento, melhor a rentabilidade.
5. Quantos títulos serão oferecidos?
O Educa+ contará inicialmente com 16 títulos, com a primeira data de recebimento em 2026 e a cada ano subsequente.
O Tesouro Direto oferece outras opções de títulos. Em janeiro de 2023, começou a ser negociado o Tesouro Renda+, Aposentadoria Extra. O programa também oferece títulos com diferentes tipos de rentabilidade (prefixada, ligada à variação da inflação ou à variação da Selic), diferentes prazos de vencimento e fluxos de remuneração. Oferece liquidez diária e liquidação de resgate no mesmo dia, sendo considerada a aplicação de menor risco de crédito do mercado.
6. Posso vender o título?
Sim. O investidor poderá vender o título a partir de 60 dias após a compra, a preço de mercado. Caso venda antes do período estipulado, será cobrada taxa de custódia.
Não há taxa de custódia para quem receber o equivalente a até quatro salários mínimos no fluxo de pagamentos mensais futuros e para quem manter o título até o vencimento.O investidor que realizar o resgate antecipado dos títulos no período inferior a 7 anos pagará taxa sobre o valor de resgate de 0,50% ao ano. Entre 7 e 14 anos, a taxa cobrada será de 0,20% a.a. Acima de 14 anos, 0,10% a.a.
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