Venezuela: indústria diz que mais estatizações agravaria escassez
Caracas, 15 Fev 2016 (AFP) - A Aliança da Indústria de Alimentos da Venezuela alertou nesta segunda-feira que novas desapropriações ou intervenções do governo no setor irão agravar a escassez aguda de alimentos.
"Em nenhuma circunstância se justifica uma nacionalização que produziria, como em outras expropriações no setor de alimentos, grandes ineficiências e mais oportunidades de corrupção", disse Manuel Larrazabal, presidente da Câmara Venezuelana da Indústria de Alimentos (Cavidea), em coletiva de imprensa.
O presidente disse que os estoques em algumas áreas já estão "críticos" e o fornecimento de matérias-primas "intermitente".
Para Larrazabal, "a intervenção ou apropriação de distribuição de alimentos não é desejável, pois agrava a escassez".
Na semana passada, o Supremo Tribunal de Justiça assinou um decreto de emergência econômica emitido pelo presidente Nicolás Maduro, que havia sido rejeitado pela Assembleia Nacional dominada pela oposição.
A maioria parlamentar recusou o decreto argumentando que abria a porta para novas desapropriações, ao permitir que o governo disponha de bens no setor privado para garantir o fornecimento de produtos básicos.
Em meio ao confronto com a oposição para a emergência econômica, Maduro intensificou seus ataques contra o grupo de negócios Polar, o maior produtor de alimentos no país, cujo proprietário, Lorenzo Mendoza, sempre esteve na linha de fogo do chavismo sob acusações de sabotar a produção e distribuição de alimentos.
Maduro alertou há duas semanas que deixava "nas mãos do gabinete econômico o que fazer com a guerra declarada por Mendoza neste momento de dificuldades" e disse esperar por "recomendações fortes".
Larrazábal disse que qualquer medida contra Mendoza, a quem o governante chamou de "ladrão e oligarca", não tem "nenhuma justificativa nem embasamento legal (...) e teria um efeito muito negativo".
A aliança reiterou que o governo deve incentivar a produção, permitir o acesso a divisas (que monopoliza) e ajustar os preços dos produtos regulados.
A Venezuela teve uma inflação anualizada de 141,5% em setembro de 2015, e a escassez de produtos básicos, como alimentos, remédios e itens de higiene pessoal é superior a 67%, resultando em longas filas de várias horas em supermercados.
"Em nenhuma circunstância se justifica uma nacionalização que produziria, como em outras expropriações no setor de alimentos, grandes ineficiências e mais oportunidades de corrupção", disse Manuel Larrazabal, presidente da Câmara Venezuelana da Indústria de Alimentos (Cavidea), em coletiva de imprensa.
O presidente disse que os estoques em algumas áreas já estão "críticos" e o fornecimento de matérias-primas "intermitente".
Para Larrazabal, "a intervenção ou apropriação de distribuição de alimentos não é desejável, pois agrava a escassez".
Na semana passada, o Supremo Tribunal de Justiça assinou um decreto de emergência econômica emitido pelo presidente Nicolás Maduro, que havia sido rejeitado pela Assembleia Nacional dominada pela oposição.
A maioria parlamentar recusou o decreto argumentando que abria a porta para novas desapropriações, ao permitir que o governo disponha de bens no setor privado para garantir o fornecimento de produtos básicos.
Em meio ao confronto com a oposição para a emergência econômica, Maduro intensificou seus ataques contra o grupo de negócios Polar, o maior produtor de alimentos no país, cujo proprietário, Lorenzo Mendoza, sempre esteve na linha de fogo do chavismo sob acusações de sabotar a produção e distribuição de alimentos.
Maduro alertou há duas semanas que deixava "nas mãos do gabinete econômico o que fazer com a guerra declarada por Mendoza neste momento de dificuldades" e disse esperar por "recomendações fortes".
Larrazábal disse que qualquer medida contra Mendoza, a quem o governante chamou de "ladrão e oligarca", não tem "nenhuma justificativa nem embasamento legal (...) e teria um efeito muito negativo".
A aliança reiterou que o governo deve incentivar a produção, permitir o acesso a divisas (que monopoliza) e ajustar os preços dos produtos regulados.
A Venezuela teve uma inflação anualizada de 141,5% em setembro de 2015, e a escassez de produtos básicos, como alimentos, remédios e itens de higiene pessoal é superior a 67%, resultando em longas filas de várias horas em supermercados.
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