Serviços secretos de vários países recorreram à Mossack Fonseca
Berlim, 11 Abr 2016 (AFP) - Agentes secretos de vários países, incluindo ligados à americana CIA, recorreram ao escritório de advocacia panamenho Mossack Fonseca, envolvido no escândalo dos "Panamá Papers", com o objetivo de "dissimular" suas atividades, revela nesta terça-feira o jornal alemão Süddeutsche Zeitung.
"Agentes secretos e seus informantes utilizaram em grande medida os serviços oferecidos pelo escritório" panamenho, afirma o jornal de Munique.
Segundo o Süddeutsche, "agentes abriram empresas de fachada para dissimular suas ações (...) e entre eles figuram intermediários próximos à CIA", a central de Inteligência americana.
Entre os "clientes" da Mossack Fonseca estão ainda "alguns artífices" das vendas secretas de armas ao Irã nos anos oitenta (caso Irã-Contras), um escândalo motivado pela venda secreta de armas americanas a Teerã em troca da libertação de reféns americanos no Líbano e da ajuda financeira aos "contras" nicaraguenses que combatiam os sandinistas na Nicarágua.
Os "Panamá Papers" também mostram que "responsáveis de alta patente, atuais e antigos, dos serviços secretos de ao menos três países - Arábia Saudita, Colômbia e Ruanda - figuram entre os clientes" do escritório panamenho, revela o jornal.
Entre eles está o xeque Kamal Adham, ex-responsável dos serviços secretos sauditas falecido em 1999, e que "nos anos setenta foi um dos principais interlocutores da CIA" no Oriente Médio, destaca o jornal.
Süddeutsche Zeitung, o segundo jornal mais vendido na Alemanha, recebeu de um informante mais de 11 milhões de documentos procedentes do escritório Mossack Fonseca, que colocam em evidência os segredos financeiros de ricos e poderosos de todo o mundo.
O jornal liberal compartilhou esta mina de informações com o Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ), que reúne vários meios de comunicação internacionais.
"Agentes secretos e seus informantes utilizaram em grande medida os serviços oferecidos pelo escritório" panamenho, afirma o jornal de Munique.
Segundo o Süddeutsche, "agentes abriram empresas de fachada para dissimular suas ações (...) e entre eles figuram intermediários próximos à CIA", a central de Inteligência americana.
Entre os "clientes" da Mossack Fonseca estão ainda "alguns artífices" das vendas secretas de armas ao Irã nos anos oitenta (caso Irã-Contras), um escândalo motivado pela venda secreta de armas americanas a Teerã em troca da libertação de reféns americanos no Líbano e da ajuda financeira aos "contras" nicaraguenses que combatiam os sandinistas na Nicarágua.
Os "Panamá Papers" também mostram que "responsáveis de alta patente, atuais e antigos, dos serviços secretos de ao menos três países - Arábia Saudita, Colômbia e Ruanda - figuram entre os clientes" do escritório panamenho, revela o jornal.
Entre eles está o xeque Kamal Adham, ex-responsável dos serviços secretos sauditas falecido em 1999, e que "nos anos setenta foi um dos principais interlocutores da CIA" no Oriente Médio, destaca o jornal.
Süddeutsche Zeitung, o segundo jornal mais vendido na Alemanha, recebeu de um informante mais de 11 milhões de documentos procedentes do escritório Mossack Fonseca, que colocam em evidência os segredos financeiros de ricos e poderosos de todo o mundo.
O jornal liberal compartilhou esta mina de informações com o Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ), que reúne vários meios de comunicação internacionais.
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