Atentados e Brexit complicam ano das companhias aéreas europeias
Paris, 5 Ago 2016 (AFP) - Depois de um 2015 com lucros em alta, as companhias aéreas europeias temem que os atentados e as consequências ainda incertas do Brexit façam suas previsões para este ano despencar, apesar de os preços do combustível continuarem baixos.
Outros fatores alimentam a preocupação, como a competência que reduz os preços nos voos de longa distância ou as greves de funcionários ou controladores de voo das últimas semanas.
Na Europa, os últimos meses foram marcados "por fatores externos e inesperados que han perturbaram consideravelmente o tráfego aéreo, mas também o comércio nos aeroportos", explica à AFP Stéphane Albernhe, da Archery Strategy Consulting.
A maioria das companhias aéreas europeias registraram lucros em alta em 2015, graças ao preço do querosene, em níveis historicamente baixos, e o crescimento sustentado do tráfego aéreo.
Mas, mesmo antes de 2016 terminar, o grupo francês Air France-KLM, a alemã Lufthansa, IAG (que reúne a British Airways, a Iberia, a Aer Lingus e a Vueling) e as 'low-cost' EasyJet (britânica) e Ryanair (irlandesa) já anunciado as quedas de faturamento e rejeitaram suas previsões de lucros.
"A frequência dos atentados aumentou recentemente. Os ataques consecutivos em Nice, Munique e Saint-Etienne-du-Rouvray aconteceram com frequência inédita, as pessoas estão preocupadas e o comportamento delas muda no curto prazo", explica Albernhe.
O efeito foi notado nas conexões desde Japão, um país particularmente sensível aos atentados, e, em menor medida nos voos com origem nos Estados Unidos e na China, indica Didier Brechemier, um especialista em transporte aéreo da consultora Roland Berger.
Segundo a Forwardkeys, que analisa cada dia mais de 14 milhões de transações aéreas no mundo, as reservas do Japão para viajar para França caíram 33% entre 24 e 31 de dezembro de 2015, logo apís os ataques de 13 de novembro em Paris.
- França, o país mais vulnerável -"A demanda dos turistas continua aumentando, mas a um ritmo mais lento. O contexto econômico frágil e incerto, os choques políticos e uma de atentados terroristas contribuem para uma demanda mais fraco", assegura Tony Tyler, o presidente da Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA).
Na França, "a qualquer ato potencialmente terrorista provoca imediatamente uma caída do tráfego aéreo turístico", explica Didier Brechemier, lembrando que o país, com atentados desde janeiro de 2015, é um dos destinos "mais vulneráveis".
O ataque de 14 de julho em Nice aumentou a queda das reservas para a França em agosto e setembro, -20% em comparação aos -16% antes do atentado, segundo a Forwardkeys.
Além disso, a preocupação dos turistas também afeta as vendas nas lojas dos aeroportos e Aéroports de Paris (ADP), que administra os principais aeroportos franceses, já rebaixou este mês suas previsões para 2016.
As companhias europeias também foram afetadas pelo aumento da oferta das companhias nos Estados Unidos, no Golfo Pérsico e na China, o que pressionou os preços das viagens de longa distância para baixo.
Stéphane Albernhe quer ser otimista e garante que os fatores de crescimento da aviação civil "continuam sendo potentes e duradouros nos próximos 15 e 20 anos" e lembra que o tráfego mundial continua crescendo cada ano entre 4,5 e 5%.
Outros fatores alimentam a preocupação, como a competência que reduz os preços nos voos de longa distância ou as greves de funcionários ou controladores de voo das últimas semanas.
Na Europa, os últimos meses foram marcados "por fatores externos e inesperados que han perturbaram consideravelmente o tráfego aéreo, mas também o comércio nos aeroportos", explica à AFP Stéphane Albernhe, da Archery Strategy Consulting.
A maioria das companhias aéreas europeias registraram lucros em alta em 2015, graças ao preço do querosene, em níveis historicamente baixos, e o crescimento sustentado do tráfego aéreo.
Mas, mesmo antes de 2016 terminar, o grupo francês Air France-KLM, a alemã Lufthansa, IAG (que reúne a British Airways, a Iberia, a Aer Lingus e a Vueling) e as 'low-cost' EasyJet (britânica) e Ryanair (irlandesa) já anunciado as quedas de faturamento e rejeitaram suas previsões de lucros.
"A frequência dos atentados aumentou recentemente. Os ataques consecutivos em Nice, Munique e Saint-Etienne-du-Rouvray aconteceram com frequência inédita, as pessoas estão preocupadas e o comportamento delas muda no curto prazo", explica Albernhe.
O efeito foi notado nas conexões desde Japão, um país particularmente sensível aos atentados, e, em menor medida nos voos com origem nos Estados Unidos e na China, indica Didier Brechemier, um especialista em transporte aéreo da consultora Roland Berger.
Segundo a Forwardkeys, que analisa cada dia mais de 14 milhões de transações aéreas no mundo, as reservas do Japão para viajar para França caíram 33% entre 24 e 31 de dezembro de 2015, logo apís os ataques de 13 de novembro em Paris.
- França, o país mais vulnerável -"A demanda dos turistas continua aumentando, mas a um ritmo mais lento. O contexto econômico frágil e incerto, os choques políticos e uma de atentados terroristas contribuem para uma demanda mais fraco", assegura Tony Tyler, o presidente da Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA).
Na França, "a qualquer ato potencialmente terrorista provoca imediatamente uma caída do tráfego aéreo turístico", explica Didier Brechemier, lembrando que o país, com atentados desde janeiro de 2015, é um dos destinos "mais vulneráveis".
O ataque de 14 de julho em Nice aumentou a queda das reservas para a França em agosto e setembro, -20% em comparação aos -16% antes do atentado, segundo a Forwardkeys.
Além disso, a preocupação dos turistas também afeta as vendas nas lojas dos aeroportos e Aéroports de Paris (ADP), que administra os principais aeroportos franceses, já rebaixou este mês suas previsões para 2016.
As companhias europeias também foram afetadas pelo aumento da oferta das companhias nos Estados Unidos, no Golfo Pérsico e na China, o que pressionou os preços das viagens de longa distância para baixo.
Stéphane Albernhe quer ser otimista e garante que os fatores de crescimento da aviação civil "continuam sendo potentes e duradouros nos próximos 15 e 20 anos" e lembra que o tráfego mundial continua crescendo cada ano entre 4,5 e 5%.
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