Setor financeiro britânico pede período de transição pós-Brexit
Londres, 18 Out 2017 (AFP) - O setor financeiro britânico está pressionando o governo de Theresa May para que negocie com Bruxelas um período de transição após o Brexit e evite, assim, uma evasão maciça de empresas e postos de trabalho para o resto de Europa.
A última advertência chegou nesta quarta-feira (18) por parte do mais alto encarregado da bolsa de Londres, Xavier Rolet, que pediu ao governo que chegue a um acordo o quanto antes.
"Precisamos que se chegue a um acordo de transição neste ano", disse o diretor-geral do London Stock Exchange (LSE) em um artigo publicado pelo jornal britânico Daily Telegraph, alertando que, caso contrário, as empresas vão começar já em 2018 a aplicar seus planos de migrar as atividades.
"As empresas não podem correr o risco de ficar perto demais do abismo", explicou. Segundo Rolet, a melhor opção para o setor financeiro seria um período de transição de três anos.
Até agora, o governo de May propõe uma transição de dois anos a partir de março de 2019, a data prevista para que o Brexit aconteça.
Com a saída, bancos e empresas financeiras britânicos não poderão vender seus serviços à União Europeia, porque terão perdido o chamado passaporte financeiro que até agora lhes permite operar dentro do bloco.
Londres também poderia perder a atividade de compensação de transações em euros, que garante a segurança das trocas em euros e supõe uma importante fonte de receita e de prestígio para a bolsa londrina.
Com o Brexit, a UE quer retomar o controle desta atividade, que considera crucial no funcionamento da moeda única.
Contudo, segundo Rolet, a fragmentação da atividade de compensação significará um custo de 20 bilhões de euros anuais para os investidores europeus.
Em seu conjunto, o Brexit pode representar até 100 mil empregos a menos no Reino Unido, segundo estimativas da City de Londres, após o referendo de 26 de junho de 2016.
Por isso, o setor financeiro pede um período de transição, já que há dúvidas sobre o acordo com Bruxelas, como alertou na terça o governador do Banco da Inglaterra, Mark Carney.
TheCityUK, um dos principais lobbies financeiros do país, pede também um período de transição que evite a perda "de um grande número de investimentos e empregos para a Europa".
Os atores econômicos "ainda podem pisar no freio se chegar a um acordo de transição, mas se não houver progressos rápidos, poderia ser tarde demais. Uma vez que as empresas começam a se mover, não há marcha ré", garante Miles Celic, diretor-geral do TheCityUK.
Alguns grandes bancos, como o britânico HSBC, o suíço UBS e os americanos JPMorgan e Morgan Stanley, já começaram a migrar parte de suas atividades para Amsterdã, Paris, ou Dublin.
A importância dessas mudanças vai depender, agora, das negociações de Londres e Bruxelas. Nas últimas semanas, as discussões sobre o Brexit estagnaram.
A última advertência chegou nesta quarta-feira (18) por parte do mais alto encarregado da bolsa de Londres, Xavier Rolet, que pediu ao governo que chegue a um acordo o quanto antes.
"Precisamos que se chegue a um acordo de transição neste ano", disse o diretor-geral do London Stock Exchange (LSE) em um artigo publicado pelo jornal britânico Daily Telegraph, alertando que, caso contrário, as empresas vão começar já em 2018 a aplicar seus planos de migrar as atividades.
"As empresas não podem correr o risco de ficar perto demais do abismo", explicou. Segundo Rolet, a melhor opção para o setor financeiro seria um período de transição de três anos.
Até agora, o governo de May propõe uma transição de dois anos a partir de março de 2019, a data prevista para que o Brexit aconteça.
Com a saída, bancos e empresas financeiras britânicos não poderão vender seus serviços à União Europeia, porque terão perdido o chamado passaporte financeiro que até agora lhes permite operar dentro do bloco.
Londres também poderia perder a atividade de compensação de transações em euros, que garante a segurança das trocas em euros e supõe uma importante fonte de receita e de prestígio para a bolsa londrina.
Com o Brexit, a UE quer retomar o controle desta atividade, que considera crucial no funcionamento da moeda única.
Contudo, segundo Rolet, a fragmentação da atividade de compensação significará um custo de 20 bilhões de euros anuais para os investidores europeus.
Em seu conjunto, o Brexit pode representar até 100 mil empregos a menos no Reino Unido, segundo estimativas da City de Londres, após o referendo de 26 de junho de 2016.
Por isso, o setor financeiro pede um período de transição, já que há dúvidas sobre o acordo com Bruxelas, como alertou na terça o governador do Banco da Inglaterra, Mark Carney.
TheCityUK, um dos principais lobbies financeiros do país, pede também um período de transição que evite a perda "de um grande número de investimentos e empregos para a Europa".
Os atores econômicos "ainda podem pisar no freio se chegar a um acordo de transição, mas se não houver progressos rápidos, poderia ser tarde demais. Uma vez que as empresas começam a se mover, não há marcha ré", garante Miles Celic, diretor-geral do TheCityUK.
Alguns grandes bancos, como o britânico HSBC, o suíço UBS e os americanos JPMorgan e Morgan Stanley, já começaram a migrar parte de suas atividades para Amsterdã, Paris, ou Dublin.
A importância dessas mudanças vai depender, agora, das negociações de Londres e Bruxelas. Nas últimas semanas, as discussões sobre o Brexit estagnaram.
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