Primeiro-ministro indiano defende globalização na abertura de Davos
Davos, Suíça, 23 Jan 2018 (AFP) - O primeiro-ministro indiano Narendra Modi defendeu, nesta terça-feira (23) a globalização na abertura do Fórum Econômico de Davos, mais otimista que nunca com a recuperação econômica mundial.
"As forças do protecionismo estão levantando a cabeça frente à globalização", disse Modi na luxuosa estação suíça, onde a neve caiu intensamente nas últimas horas, provocando alguns atrasos.
À espera da chegada de Donald Trump, maior destaque deste edição e conhecido por suas posições protecionistas e antiglobalização, Modi afirmou que "o isolamento não é uma solução.
Na segunda-feira, os Estados Unidos anunciaram a imposição de tarifas aduaneiras sobre painéis importados da China, bem como máquinas de lavar industriais de alguns países asiáticos, confirmando os temores protecionistas que muitos denunciam em Davos.
Os líderes econômicos e políticos mundiais se reúnem neste ano em um clima de grande otimismo, apesar das enormes desigualdades denunciadas por ativistas e ONGs.
"As desigualdades estão fora de controle", disse à AFP a diretora da Oxfam, Winnie Byanyima. "Nossas economias recompensas a riqueza, e não o trabalho duro", afirmou.
A ONG avalia que 82% da riqueza planetária criada no ano passado acabou nas mãos do 1% mais rico, enquanto mulheres pobres são as que menos se beneficiaram do crescimento econômico, segundo informe publicado na segunda-feira.
Neste mesmo sentido, em uma mensagem a Klaus Schwab, fundador e presidente do Fórum Econômico Mundial, o papa Francisco pediu aos participantes para trabalharem para construir sociedades "capazes de restaurar a dignidade dos que vivem com incerteza e são incapazes de sonhar com um mundo melhor".
O presidente francês Emmanuel Macron, a chanceler alemã Angela Merkel e o rei da Espanha Felipe VI estão entre os cerca de 2.500 delegados e 700 chefes de Estado e de governo que, neste ano, irão à estação suíça.
A América Latina também estará presente em peso, com os presidentes do Brasil, da Argentina, da Colômbia e do Panamá, entre outros.
Mas o mais esperado certamente é o mandatário americano, que chega na sexta-feira a Davos, após os republicanos e democratas americanos alcançarem um acordo provisório, nesta segunda-feira, que encerrou a paralisação orçamentária.
Seu temperamento imprevisível e as conhecidas críticas à globalização e ao liberalismo devem se chocar com as opiniões da maioria dos participantes do Fórum.
A semana será repleta de seminários de todo tipo, que abordam assuntos não apenas econômicos, mas também sociais e tecnológicos, como as consequências das "fake news", ou as implicações da inteligência artificial no mercado de trabalho. O lema central do evento é "Criando um futuro compartilhado em um mundo dividido".
Na segunda-feira, o Fundo Monetário Internacional (FMI) confirmou o otimismo econômico reinante e elevou de 3,7% a 3,9% sua previsão de crescimento global para 2018.
A confiança também predomina entre os empresários: uma pesquisa publicada na segunda-feira pela auditoria PwC revela que o otimismo está em níveis recordes.
A pesquisa com 1.300 CEOs do mundo mostra que 57% deles acreditam que o crescimento se consolidará nos próximos 12 meses, um recorde desde 2012, quando começou a ser publicado o índice. A cifra está bem acima dos 29% do ano passado.
Davos também é um bom lugar para fazer negócios, como demonstra a presença, entre outros, do CEO do JPMorgan Chase, Jamie Dimon.
"As forças do protecionismo estão levantando a cabeça frente à globalização", disse Modi na luxuosa estação suíça, onde a neve caiu intensamente nas últimas horas, provocando alguns atrasos.
À espera da chegada de Donald Trump, maior destaque deste edição e conhecido por suas posições protecionistas e antiglobalização, Modi afirmou que "o isolamento não é uma solução.
Na segunda-feira, os Estados Unidos anunciaram a imposição de tarifas aduaneiras sobre painéis importados da China, bem como máquinas de lavar industriais de alguns países asiáticos, confirmando os temores protecionistas que muitos denunciam em Davos.
Os líderes econômicos e políticos mundiais se reúnem neste ano em um clima de grande otimismo, apesar das enormes desigualdades denunciadas por ativistas e ONGs.
"As desigualdades estão fora de controle", disse à AFP a diretora da Oxfam, Winnie Byanyima. "Nossas economias recompensas a riqueza, e não o trabalho duro", afirmou.
A ONG avalia que 82% da riqueza planetária criada no ano passado acabou nas mãos do 1% mais rico, enquanto mulheres pobres são as que menos se beneficiaram do crescimento econômico, segundo informe publicado na segunda-feira.
Neste mesmo sentido, em uma mensagem a Klaus Schwab, fundador e presidente do Fórum Econômico Mundial, o papa Francisco pediu aos participantes para trabalharem para construir sociedades "capazes de restaurar a dignidade dos que vivem com incerteza e são incapazes de sonhar com um mundo melhor".
O presidente francês Emmanuel Macron, a chanceler alemã Angela Merkel e o rei da Espanha Felipe VI estão entre os cerca de 2.500 delegados e 700 chefes de Estado e de governo que, neste ano, irão à estação suíça.
A América Latina também estará presente em peso, com os presidentes do Brasil, da Argentina, da Colômbia e do Panamá, entre outros.
Mas o mais esperado certamente é o mandatário americano, que chega na sexta-feira a Davos, após os republicanos e democratas americanos alcançarem um acordo provisório, nesta segunda-feira, que encerrou a paralisação orçamentária.
Seu temperamento imprevisível e as conhecidas críticas à globalização e ao liberalismo devem se chocar com as opiniões da maioria dos participantes do Fórum.
A semana será repleta de seminários de todo tipo, que abordam assuntos não apenas econômicos, mas também sociais e tecnológicos, como as consequências das "fake news", ou as implicações da inteligência artificial no mercado de trabalho. O lema central do evento é "Criando um futuro compartilhado em um mundo dividido".
Na segunda-feira, o Fundo Monetário Internacional (FMI) confirmou o otimismo econômico reinante e elevou de 3,7% a 3,9% sua previsão de crescimento global para 2018.
A confiança também predomina entre os empresários: uma pesquisa publicada na segunda-feira pela auditoria PwC revela que o otimismo está em níveis recordes.
A pesquisa com 1.300 CEOs do mundo mostra que 57% deles acreditam que o crescimento se consolidará nos próximos 12 meses, um recorde desde 2012, quando começou a ser publicado o índice. A cifra está bem acima dos 29% do ano passado.
Davos também é um bom lugar para fazer negócios, como demonstra a presença, entre outros, do CEO do JPMorgan Chase, Jamie Dimon.
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