Eurozona encerra crise na Grécia, que comemora 'acordo histórico'
Atenas, 22 Jun 2018 (AFP) - A Grécia comemorou nesta sexta-feira (22) um acordo "histórico" da zona do euro, que encerra oito anos de crise, afirmando que o país "vira a página" com uma dívida agora "viável".
Horas depois de anunciar o acordo em Luxemburgo, o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, elogiou o "acordo histórico" em Atenas.
"A Grécia virou a página e sua dívida agora é viável", afirmou o porta-voz do governo, Dimitris Tzanakopoulos. "Acredito que o povo grego pode sorrir, pode respirar novamente".
A imprensa e os analistas, no entanto, moderaram o otimismo, indicando que o respeito às obrigações orçamentárias exigirá uma disciplina férrea. Além disso, o país continuará sendo monitorado de perto por seus credores.
"Seria um erro terrível cultivar a ilusão de que o fim dos programas de ajuda significa um retorno à normalidade", estimou o jornal de oposição Ta Nea. "O que está chegando é uma extrema vigilância que nenhum outro país experimentou" depois de deixar seus programas.
Os credores europeus da Grécia concordaram em reestruturar a elevada dívida helena, acabando com uma odisseia de quase uma década de resgates. Contudo, vai manter os olhos em Atenas para monitorar o cumprimento dos seus compromissos.
- Felicidade -Em uma reunião do Eurogrupo em Luxemburgo e seis horas de discussões sobre a Grécia, os 19 ministros das Finanças da zona do euro conseguiram chegar a um acordo sobre a forma de aliviar a dívida grega (cerca de 180% do PIB), tendo em vista seu retorno aos mercados a partir de 20 de agosto.
Isso ocorre após vários anos de profunda recessão e três programas de ajuda.
O acordo inclui uma última reestruturação da dívida, para ajudar o país a recuperar sua credibilidade nos mercados financeiros.
"A crise grega termina aqui, esta noite", disse o comissário europeu para Assuntos Econômicos, Pierre Moscovici.
O ministro grego das Finanças, Euclides Tsakalotos, declarou por sua vez estar "feliz" com o acordo, considerando que agora a dívida "é viável". No entanto, ele ressaltou que seu governo, liderado por Alexis Tsipras, "nunca esquecerá o que o povo grego passou durante esses oito anos" de resgates e reformas.
Sob pressão da Alemanha, algumas medidas de alívio da dívida vão continuar condicionadas à continuação das últimas reformas, algumas delas ao longo de vários meses.
Para comemorar o acordo do Eurogrupo, Tsipras apareceu de gravata pela primeira vez nesta sexta-feira em um discurso diante dos deputados de sua coalizão, no palácio Zappeion, de Atenas.
O dirigente de 43 anos tinha prometido, ao chegar ao poder em 2015, que não usaria gravata até que acabassem os programas contra a Grécia.
Contudo, Tsiripas tirou sua gravata ao fim do discurso, apontando que "o povo grego venceu uma batalha, mas não a guerra".
Em 2010, a Grécia, que esteve prestes a deixar o euro cinco anos depois, não foi capaz de continuar a se financiar nos mercados internacionais e teve que recorrer a financiamentos de seus parceiros europeus e do Fundo Monetário Internacional (FMI), em troca de um duro plano de austeridade.
A crise financeira mundial de 2008 se transformou em uma crise da dívida no bloco europeu, que impactou especialmente os países do sul da Europa, como Grécia, Chipre, Espanha e Portugal, e cujas consequências ainda são sentidas.
Agora, apesar de um crescimento de 1,4% do PIB em 2017 e uma estimativa de 1,9% para este ano, e um superávit orçamentário de 0,8% (-15,1% em 2009), a Grécia continua a manter o maior nível de endividamento na zona do euro e de desemprego (20,8%, em fevereiro).
Horas depois de anunciar o acordo em Luxemburgo, o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, elogiou o "acordo histórico" em Atenas.
"A Grécia virou a página e sua dívida agora é viável", afirmou o porta-voz do governo, Dimitris Tzanakopoulos. "Acredito que o povo grego pode sorrir, pode respirar novamente".
A imprensa e os analistas, no entanto, moderaram o otimismo, indicando que o respeito às obrigações orçamentárias exigirá uma disciplina férrea. Além disso, o país continuará sendo monitorado de perto por seus credores.
"Seria um erro terrível cultivar a ilusão de que o fim dos programas de ajuda significa um retorno à normalidade", estimou o jornal de oposição Ta Nea. "O que está chegando é uma extrema vigilância que nenhum outro país experimentou" depois de deixar seus programas.
Os credores europeus da Grécia concordaram em reestruturar a elevada dívida helena, acabando com uma odisseia de quase uma década de resgates. Contudo, vai manter os olhos em Atenas para monitorar o cumprimento dos seus compromissos.
- Felicidade -Em uma reunião do Eurogrupo em Luxemburgo e seis horas de discussões sobre a Grécia, os 19 ministros das Finanças da zona do euro conseguiram chegar a um acordo sobre a forma de aliviar a dívida grega (cerca de 180% do PIB), tendo em vista seu retorno aos mercados a partir de 20 de agosto.
Isso ocorre após vários anos de profunda recessão e três programas de ajuda.
O acordo inclui uma última reestruturação da dívida, para ajudar o país a recuperar sua credibilidade nos mercados financeiros.
"A crise grega termina aqui, esta noite", disse o comissário europeu para Assuntos Econômicos, Pierre Moscovici.
O ministro grego das Finanças, Euclides Tsakalotos, declarou por sua vez estar "feliz" com o acordo, considerando que agora a dívida "é viável". No entanto, ele ressaltou que seu governo, liderado por Alexis Tsipras, "nunca esquecerá o que o povo grego passou durante esses oito anos" de resgates e reformas.
Sob pressão da Alemanha, algumas medidas de alívio da dívida vão continuar condicionadas à continuação das últimas reformas, algumas delas ao longo de vários meses.
Para comemorar o acordo do Eurogrupo, Tsipras apareceu de gravata pela primeira vez nesta sexta-feira em um discurso diante dos deputados de sua coalizão, no palácio Zappeion, de Atenas.
O dirigente de 43 anos tinha prometido, ao chegar ao poder em 2015, que não usaria gravata até que acabassem os programas contra a Grécia.
Contudo, Tsiripas tirou sua gravata ao fim do discurso, apontando que "o povo grego venceu uma batalha, mas não a guerra".
Em 2010, a Grécia, que esteve prestes a deixar o euro cinco anos depois, não foi capaz de continuar a se financiar nos mercados internacionais e teve que recorrer a financiamentos de seus parceiros europeus e do Fundo Monetário Internacional (FMI), em troca de um duro plano de austeridade.
A crise financeira mundial de 2008 se transformou em uma crise da dívida no bloco europeu, que impactou especialmente os países do sul da Europa, como Grécia, Chipre, Espanha e Portugal, e cujas consequências ainda são sentidas.
Agora, apesar de um crescimento de 1,4% do PIB em 2017 e uma estimativa de 1,9% para este ano, e um superávit orçamentário de 0,8% (-15,1% em 2009), a Grécia continua a manter o maior nível de endividamento na zona do euro e de desemprego (20,8%, em fevereiro).
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