Fed mantém taxa de juros inalterada, mas aponta desaceleração de investimentos
Washington, 8 Nov 2018 (AFP) - O Federal Reserve (Fed, Banco Central americano) manteve sua taxa de juros inalterada nesta quinta-feira, destacando a força da economia dos Estados Unidos, mas também apontando para uma desaceleração dos investimentos.
A instituição repetiu que espera "novos aumentos graduais" da taxa de juros, enquanto acredita que a economia continuará a se expandir.
O comunicado não deu sinais claros sobre se sua ação deverá ser mais agressiva para controlar a inflação. Na prática, ele pode inclusive ser lido como um indício de que o Fed acredita que o risco de a economia superaquecer está diminuindo.
O Comitê de Política Monetária (FOMC) manteve a taxa na faixa de 2%-2,25% ao fim da reunião de dois dias, apontando que a inflação estava perto da meta do banco central de 2%.
É praticamente unânime entre economistas que o Fed fará um quarto aumento neste ano em dezembro. Informações recentes de que os salários finalmente estão começando a crescer levam especialistas a procurarem sinais sobre o ritmo de crescimento da taxa em 2019.
O Fed apontou que a economia "vem crescendo num ritmo forte", com sólida criação de empregos, queda do desemprego e gastos do consumidor "crescendo com força".
Mas os mercados vão escrutinar uma mudança notável na linguagem do FOMC: "o investimento fixo de negócios moderou seu ritmo acelerado do começo deste ano".
Isso pode ser interpretado como uma indicação de que o Fed pode agir com mais cautela, reduzindo as três altas esperadas para o ano que vem.
- Desaceleração de investimentos -Outra leitura possível é que esta é uma consequência dos confrontos comerciais do presidente Donald Trump, que o Fed já tinha citado como um fator de redução da confiança de negócios e planos de investimentos - pois tarifas representam um aumento de custos.
"Este rebaixamento reflete a suavidade do Q3 (investimento de capital) nas contas do PIB", que desacelerou acentuadamente, disse o economista Ian Shepherdson, da Pantheon Macroeconomics.
Mas ele espera que o investimento continue "subindo em um ritmo decente", disse ele em uma nota de pesquisa.
Os mercados de títulos ignoraram as notícias, enquanto as ações recuaram levemente após o anúncio.
Shepherdson disse que "o que realmente queremos ver é como o pensamento do Fed evolui nos primeiros meses do próximo ano, se o mercado de trabalho continuar a apertar e o crescimento salarial crescer, como esperamos".
Isso pode ficar mais claro quando o Fed divulgar as atas desta reunião em 29 de novembro, mas talvez o FOMC ainda não saiba o que fará no ano que vem, enquanto tentam se adequar à economia.
As deliberações do Fed são conduzidas cada vez mais em uma atmosfera política muito carregada.
Trump atacou diversas vezes o presidente do Fed, Jerome Powell, indicando que o o banco central tem aumento os juros de forma muito agressiva.
A instituição repetiu que espera "novos aumentos graduais" da taxa de juros, enquanto acredita que a economia continuará a se expandir.
O comunicado não deu sinais claros sobre se sua ação deverá ser mais agressiva para controlar a inflação. Na prática, ele pode inclusive ser lido como um indício de que o Fed acredita que o risco de a economia superaquecer está diminuindo.
O Comitê de Política Monetária (FOMC) manteve a taxa na faixa de 2%-2,25% ao fim da reunião de dois dias, apontando que a inflação estava perto da meta do banco central de 2%.
É praticamente unânime entre economistas que o Fed fará um quarto aumento neste ano em dezembro. Informações recentes de que os salários finalmente estão começando a crescer levam especialistas a procurarem sinais sobre o ritmo de crescimento da taxa em 2019.
O Fed apontou que a economia "vem crescendo num ritmo forte", com sólida criação de empregos, queda do desemprego e gastos do consumidor "crescendo com força".
Mas os mercados vão escrutinar uma mudança notável na linguagem do FOMC: "o investimento fixo de negócios moderou seu ritmo acelerado do começo deste ano".
Isso pode ser interpretado como uma indicação de que o Fed pode agir com mais cautela, reduzindo as três altas esperadas para o ano que vem.
- Desaceleração de investimentos -Outra leitura possível é que esta é uma consequência dos confrontos comerciais do presidente Donald Trump, que o Fed já tinha citado como um fator de redução da confiança de negócios e planos de investimentos - pois tarifas representam um aumento de custos.
"Este rebaixamento reflete a suavidade do Q3 (investimento de capital) nas contas do PIB", que desacelerou acentuadamente, disse o economista Ian Shepherdson, da Pantheon Macroeconomics.
Mas ele espera que o investimento continue "subindo em um ritmo decente", disse ele em uma nota de pesquisa.
Os mercados de títulos ignoraram as notícias, enquanto as ações recuaram levemente após o anúncio.
Shepherdson disse que "o que realmente queremos ver é como o pensamento do Fed evolui nos primeiros meses do próximo ano, se o mercado de trabalho continuar a apertar e o crescimento salarial crescer, como esperamos".
Isso pode ficar mais claro quando o Fed divulgar as atas desta reunião em 29 de novembro, mas talvez o FOMC ainda não saiba o que fará no ano que vem, enquanto tentam se adequar à economia.
As deliberações do Fed são conduzidas cada vez mais em uma atmosfera política muito carregada.
Trump atacou diversas vezes o presidente do Fed, Jerome Powell, indicando que o o banco central tem aumento os juros de forma muito agressiva.
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