Funcionários da Petrobras no Uruguai iniciam greve de fome
Montevidéu, 30 Abr 2019 (AFP) - Funcionários da Petrobras no Uruguai iniciaram nesta terça-feira uma greve de fome no âmbito de um conflito com a empresa brasileira que abandonará as atividades no país.
Três funcionários do setor gasífero da companhia no Uruguai começaram uma greve de fome respaldados por seu sindicato, em frente à sede do Ministério da Indústria, em pleno centro de Montevidéu, constatou a AFP.
Enquanto a empresa alega que sua atividade no Uruguai é deficitária, os funcionários acusam a empresa de "abandonar a gestão deficitária" do serviço de gás encanado, do qual a Petrobras é concessionária desde 2004.
O presidente do sindicato dos trabalhadores do gás, Martín Guerra, disse à AFP que a firma reduziu a força de trabalho desde que iniciou as atividades no Uruguai e agora ameaça demitir quase 40 pessoas - 25% do total de funcionários.
Os funcionários alegam que o serviço não pode funcionar com menos braços, e garantem que o abastecimento de gás está em risco.
Os funcionários querem que a Petrobras seja privada da concessão para a exploração comercial do gás, no contexto de um longo conflito que teve seu ponto mais quente na semana passada, quando assumiram o "controle operário" das instalações da empresa em Montevidéu.
A Petrobras anunciou na sexta-feira a venda de sua rede de postos de gasolina no Uruguai como parte de um processo de redução de ativos para reposicionar seus negócios.
Em comunicado divulgado nesta segunda-feira em Montevidéu, ela também denunciou "hostilidade" dos trabalhadores e disse que não está disposta a "continuar acumulando prejuízos" em solo uruguaio.
"A Petrobras está determinada a não continuar acumulando prejuízos, sustentando concessões de serviço público que têm a equação econômico-financeira quebras e problemas estruturais, alheios a sua gestão e possibilidade de controle", afirmou a petroleira.
Citado pelo jornal El País, o ministro da Indústria, Guillermo Moncecchi, disse que até sexta-feira passada a empresa não considerava abandonar a concessão de distribuição de gás.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.