Congresso americano próximo de aprovar acordo bilionário para economia afetada
Washington, 25 Mar 2020 (AFP) - Legisladores dos Estados Unidos se mostraram confiantes nesta terça-feira (24) sobre a possibilidade de aprovar um acordo bilionário impulsionado pelo governo de Donald Trump para alavancar a primeira economia do mundo, duramente atingida pela pandemia de Covid-19.
Os mercados mundiais se recuperaram fortemente diante da perspectiva de que o Congresso americano aprovasse uma iniciativa de estímulo econômico de cerca de US$ 2 trilhões, que se somaria a outras medidas de apoio econômico da Reserva Federal.
Em Wall Street, onde as ações perderam um terço do seu valor desde fevereiro, quando a crise na saúde começou a atingir o país, o principal índice Dow Jones fechou em alta de 11,4%, o maior aumento percentual diário registrado desde 1933.
Ainda não havia nenhuma votação programada no Senado, onde o projeto foi apresentado na última quinta. No entanto, segundo informações, uma proposta de acordo poderia ser apresentada esta noite.
O presidente Trump, que busca a reeleição em novembro, solicitou ao Congresso que "atue imediatamente", escreveu no Twitter.
"O Congresso deve aprovar o acordo, sem toda tolice, hoje", escreveu o presidente republicano, em aparente referência a certas exigências da oposição democrata.
"Quanto mais tempo demorar, mais difícil será reviver a economia. Nossos trabalhadores sofrerão", alertou.
Desde sexta-feira, os senadores republicanos e democratas e a Casa Branca negociam para chegar a um acordo sobre um gigantesco plano de recuperação que poderia distribuir cerca de dois trilhões de dólares em diferentes setores.
A votação foi inicialmente marcada para segunda-feira, mas a sessão foi suspensa até esta terça-feira às 11h00. Nenhuma nova votação foi definida ainda.
Os democratas bloquearam no domingo e depois na segunda o plano de medidas republicano, mas o líder da maioria no Senado, Chuck Schumer, mostrou-se otimista e disse que um acordo estava "muito próximo".
Os opositores, que recordam os excessos dos beneficiários do plano de resgate durante a crise de 2008, exigem do governo Trump uma supervisão intensificada dos empréstimos concedidos às grandes empresas.
Também buscam desbloquear mais recursos para os hospitais, que correm o risco de saturação pela pandemia de coronavírus.
O secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, afirmou na segunda-feira que as medidas beneficiariam os trabalhadores. No entanto, evocou "uma disposição especial" para o transporte aéreo, um setor fortemente afetado pela pandemia.
Se aprovado pelo Senado, o plano deve passar por uma revisão na Câmara de Representantes, controlada pelos democratas, antes de ser promulgado pelo presidente.
O surgimento do novo coronavírus nos Estados Unidos já deixou 600 mortos e mais de 50.000 infectados desde que o primeiro caso foi detectado em janeiro, segundo os dados da Universidade Johns Hopkins.
Em declaração à Fox News, Trump alertou que uma "grande recessão" poderia deixar mais vítimas que o novo coronavírus, evocando a possibilidade de "milhares de suicídios".
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