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Fed anuncia US$ 2,3 trilhões em novos empréstimos para 'apoiar a economia'

09/04/2020 12h20

Washington, 9 Abr 2020 (AFP) - O banco central dos Estados Unidos anunciou, nesta quinta-feira (9), novos empréstimos no valor de 2,3 trilhões de dólares para "apoiar a economia", destinados principalmente para empresas e comunidades locais afetadas pela pandemia de coronavírus.

"Esses fundos ajudarão famílias e empregadores de todos os tamanhos e darão às autoridades locais e regionais os meios para fornecer ajuda crucial em tempos de pandemia", afirmou o Federal Reserve em comunicado.

A agência fornecerá dinheiro a empresas que estão paralisadas devido à pandemia, para "garantir que a reativação econômica seja o mais vigorosa possível quando ocorrer", destacou o presidente do Fed, Jerome Powell.

Uma das principais medidas anunciadas nesta quinta-feira deve permitir que o Fed forneça US$ 600 bilhões em dinheiro novo para empresas que empregam até 10.000 pessoas, ou com um faturamento de US$ 2,5 bilhões em 2019, especifica o banco central.

Powell considerou que o país poderá ter uma recuperação econômica "sólida" depois que a crise for superada.

Enquanto a economia americana avança "a uma taxa alarmante" em direção a uma "taxa de desemprego muito alta, há muitas razões para acreditar que a recuperação econômica poderá ser sólida" assim que as empresas puderam retomar suas atividades, paralisadas para impedir a propagação do vírus, declarou em uma videoconferência.

Quase 17 milhões de trabalhadores americanos perderam o emprego desde meados de março, segundo dados do Departamento do Trabalho.

"Continuaremos a usar esses mecanismos com força, proatividade e agressividade até termos certeza de que estamos solidamente no caminho da recuperação", disse o presidente do Fed durante um fórum organizado pelo centro de pesquisa econômica Brookings Institution.

Ele ressaltou, porém, que as medidas de emergência do Federal Reserve "são para emprestar, não para gastar".

Em um debate após sua explanação, o chefe do Fed reconheceu que o banco central está acelerando as medidas para ajudar a economia e, em retrospectiva, falhas poderão aparecer.

O objetivo é "evitar danos significativos à economia" e "apoiar uma recuperação sólida quando for o momento", concluiu.

O Fed especificou que os US$ 600 bilhões em empréstimos ao longo de 4 anos serão reservados para empresas "que apresentaram boa saúde financeira antes da crise".

O governo Trump está tentando, por todos os meios, salvar empregos e garantir que as empresas afetadas pela crise possam reiniciar suas atividades muito rapidamente quando o vírus estiver contido.

Os Estados Unidos estão passando por uma crise sem precedentes, pelo menos desde a Grande Depressão de 1929, por causa da pandemia do novo coronavírus.

Na semana passada, outras 6,6 milhões de pessoas solicitaram seguro-desemprego e todos os economistas esperam uma recessão extremamente grave na maior economia do mundo.

Essa nova injeção de dinheiro do Fed na economia real vem para completar um pacote de assistência de US$ 350 bilhões para empresas com 500 ou menos funcionários lançado pelo Tesouro na semana passada após a votação de um gigantesco pacote de estímulo de 2,2 trilhões de dólares.

Mnuchin também solicita US$ 250 bilhões adicionais para atender à demanda das pequenas e médias empresas.

Mas a luz verde do Congresso pode levar tempo devido a diferenças entre republicanos, maioria no Senado, e democratas, maioria na Câmara de Representantes.

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