Airbus tem lucro recorde e deixa crise para trás
Paris, 17 Fev 2022 (AFP) - A gigante aeronáutica europeia Airbus registrou um lucro líquido de 4,2 bilhões de euros (US$ 4,788 bilhões), o maior de sua história, após dois anos de perdas causadas pela crise da saúde.
Em um sinal de que o impacto da pandemia ficou para trás, a empresa entregou 611 aeronaves em 2021, disse a Airbus em comunicado.
A empresa prevê um forte aumento em sua produção até 2022 para entregar 720 aeronaves.
"Nossa atenção mudou da gestão da pandemia para a recuperação e o crescimento", declarou seu CEO, Guillaume Faury, citado no comunicado.
Os bons resultados permitem que a fabricante europeia volte a distribuir dividendos, algo que não aconteceu nos dois anos anteriores.
O líder atribuiu os resultados ao aumento na entrega de aeronaves comerciais, de 8% em relação a 2020, ao bom desempenho de suas atividades espaciais e de defesa, bem como divisão de helicópteros.
Também destacou "a atenção dada à redução de custos e competitividade".
As entregas são um indicador confiável de lucratividade no setor aéreo, onde os clientes pagam a maior parte da conta quando os aviões são entregues.
O volume de negócios aumentou 4%, atingindo 52,1 bilhões de euros, dos quais 9,2 correspondem ao setor da defesa.
No início da crise da saúde, a Airbus reduziu drasticamente sua produção e anunciou a eliminação de 15.000 empregos sem demissões, embora o número tenha sido reduzido posteriormente para 10.000.
O grupo, que empregava 126 mil pessoas no final de 2021, planeja contratar pelo menos 6 mil pessoas este ano.
A Airbus fabricou 45 aeronaves por mês no final de 2021 e planeja aumentar para 65 dispositivos mensais no verão de 2023, o número mais alto de sua história.
- Recuperação do tráfico aéreo -Em 2022, a Airbus planeja entregar 720 aeronaves, 18% a mais que em 2021.
A Airbus ainda considera a meta de entregar 75 aeronaves por mês para atender uma carteira de pedidos que totaliza 7.036 aeronaves.
A Airbus sustenta que o tráfego aéreo se recuperará em três anos e atingirá níveis pré-pandemia em 2023 para voos domésticos e em 2025 para voos internacionais.
Apesar de uma situação financeira muito precária, as companhias aéreas continuaram a receber e encomendar novas aeronaves.
Também estão renovando sua frota com aeronaves mais eficientes no consumo de combustível e com menores emissões de CO2.
Estudos preveem que o tráfego aéreo mundial dobrará até 2050.
Em contrapartida, a gigante americana Boeing terminou no vermelho pelo terceiro ano consecutivo.
A Boeing registrou um prejuízo líquido de US$ 4,3 bilhões, atingido por defeitos de fabricação no 787 Dreamliner de longo alcance, contratempos no avião-tanque KC-36 e na cápsula espacial Starliner.
Os bons resultados da Airbus também se devem a ajustes contábeis positivos, no valor de 447 milhões de euros (US$ 508 milhões).
Entre eles, o fim do programa A380 e a reversão das provisões relacionadas ao seu plano de reestruturação.
No entanto, a Airbus registrou novos custos adicionais para seu programa de aeronaves de transporte militar A400M.
mra/pn/spi/zm/es/mr
AIRBUS GROUP
BOEING
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