Níquel alcança maior preço desde 2011 por tensões na Ucrânia
A tonelada do níquel alcançou nesta segunda-feira (21) o preço de 24.610 dólares no mercado internacional de metais, um valor ao qual não chegava desde 2011, impulsionado pela escalada de tensões na crise sobre a Ucrânia, pelo fato de a Rússia ser um de seus maiores produtores.
Junto com o alumínio, o níquel é um dos metais "dependentes da oferta russa", explicou Al Munro, 'broker' na Marex (especialista em matérias-primas).
"Beneficiou-se da ameaça sobre a produção russa", prosseguiu.
"Provavelmente, o aumento dos preços se deva à inquietação ante uma possível interrupção do abastecimento, visto que a crise na Ucrânia parece se agravar", confirmou Daniel Briesemann, analista do Commerzbank, acrescentando que o mercado de níquel está muito tenso.
Desde o começo deste ano, o preço do níquel subiu 18%.
A Rússia, juntamente com a Indonésia, é um dos maiores produtores mundiais de níquel. As exportações de certas matérias-primas poderiam ser seriamente afetadas caso sejam impostas sanções contra Moscou.
A Rússia é acusada de ter concentrado cerca de 150.000 efetivos para suas fronteiras com a Ucrânia com o objetivo de invadir o país vizinho, o que o Ocidente considera iminente.
Após meses de esforços diplomáticos para conseguir uma desescalada na crise russo-ocidental em relação à Ucrânia, as tensões estão em pleno auge.
Na sexta-feira houve bombardeios perto de Stanitsia Luganska, cidade situada no leste ucraniano, sob controle de formas governamentais.
O Kremlin, por sua vez, qualificou nesta segunda-feira como "prematuro" realizar uma cúpula entre Vladimir Putin e Joe Biden, o que fez desaparecerem as esperanças suscitadas após o anúncio francês, na véspera, de uma entrevista deste tipo destinada a apaziguar a situação.
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