EUA aplicam sanções a setor russo de tecnologia e atinge fabricante de semicondutores
Os Estados Unidos anunciaram novas sanções contra a Rússia, nesta quinta-feira (31), desta vez voltadas para o setor de tecnologia, incluindo o maior fabricante de semicondutores da Rússia.
O Departamento do Tesouro informou que foram afetadas "21 entidades e 13 indivíduos, no âmbito de suas ações contra as redes de evasão de sanções do Kremlin, e as empresas de tecnologia, que são instrumentais na máquina de guerra da Federação Russa".
Acusada de estar no centro de uma rede criada para burlar as sanções impostas por países ocidentais, a empresa Serniya Engenharia é um dos alvos desta nova rodada de sanções.
"As ações de hoje demonstram o compromisso do governo dos Estados Unidos em combater a evasão das sanções ocidentais" contra a Rússia, frisou o Tesouro.
Washington também aplicará sanções à empresa Mikron, "o maior fabricante de chips da Rússia" que, completa o Tesouro, "exporta mais de 50% da microeletrônica russa".
"O Exército russo depende de tecnologias ocidentais importantes para o funcionamento de sua base industrial de defesa", especifica a agência governamental.
O OFAC (Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros do Departamento do Tesouro) tem como alvo "as empresas de tecnologia russas chave que estão permitindo a guerra ilegal do [presidente russo Vladimir] Putin contra a Ucrânia. Essas designações impedirão ainda mais o acesso da Rússia à tecnologia ocidental e ao sistema financeiro internacional".
"Continuaremos atacando a máquina de guerra de Putin com sanções de todos os ângulos, até que acabe esta guerra sem sentido", declarou a secretária do Tesouro, Janet Yellen, no comunicado.
Washington já havia anunciado sanções a empresas russas de defesa.
Neste contexto, o subsecretário do Tesouro americano, Wally Adeyemo, anunciou na terça-feira que outros setores "essenciais para a capacidade do Kremlin de operar sua máquina de guerra" estão na mira.
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