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Petróleo atinge nível mínimo este ano antes da reunião da Opep

28/11/2022 14h12

Depois de atingir recordes históricos em março, os preços do petróleo caíram fortemente até beirar seu nível do início de 2022, com a paralisia econômica ofuscando o temor de escassez pela guerra na Ucrânia.

A queda pode levar os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e seus parceiros da Opep+, começando pela Rússia, a ajustar sua oferta e, com isso, tentar incentivar os preços na reunião de domingo (4).

As duas referências mundiais de petróleo estão agora muito longe de seus níveis alcançados em março, quando registraram tetos históricos, em mais de US$ 130 o barril, poucos dias após o início da invasão da Ucrânia pela Rússia. Desde então, o WTI perdeu 43%, e o Brent, 41%. 

Esse recuo se dá em meio a uma inflação dominante, com o fantasma da recessão pairando sobre o Reino Unido e outros países, e a um aumento de casos de covid-19 na China, o segundo maior país consumidor do mundo e maior importador de petróleo bruto. 

Embora seu número continue sendo baixo em relação ao 1,4 bilhão de habitantes do país, o aumento de casos de coronavírus na China "eleva a probabilidade de um confinamento generalizado", afirmou Caroline Bain, analista da Capital Economics.

Além disso, a aplicação, por parte de Pequim, de sua política de "covid zero"  "prejudicou gravemente o crescimento da segunda economia mundial e, portanto, a demanda de petróleo bruto", disse Craig Erlam, analista da Oanda. 

A política de "covid zero" implica confinamentos em massa e testes de PCR quase diários.

Os analistas não descartam que a Opep e seus parceiros decidam reduzir suas metas de produção, mais uma vez, para apoiar os preços. Estes já são inferiores aos de outubro, quando o cartel decidiu cortar, drasticamente, suas cotas de produção para novembro, para dois milhões de barris diários.

Os investidores também estão acompanhando as discussões sobre um limite do preço do petróleo russo, defendido por uma coalizão de países do G7, pela União Europeia e pela Austrália. O Kremlin já avisou que Moscou deixará de fornecer petróleo a quem aplicar esta iniciativa.

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© Agence France-Presse