Amazon confirma demissão de mais de 18 mil funcionários
A Amazon anunciou ontem que cortará mais de 18.000 empregos de sua força de trabalho, incluindo alguns na Europa, e justificou a decisão pelo contexto de uma "economia incerta" e pelo fato de a gigante do varejo on-line ter contratado rapidamente durante a pandemia da covid-19.
"Entre as reduções que efetuamos em novembro e as que compartilhamos hoje, planejamos eliminar pouco mais de 18.000 postos", declarou o CEO do grupo americano, Andy Jassy, em um comunicado enviado aos funcionários.
O plano de redução de pessoal é o maior entre os recentes anúncios de cortes de empregos que afetam o setor de tecnologia dos Estados Unidos. É também o plano mais severo da história da empresa com sede em Seattle.
Jassy informou que a diretoria da empresa estava "profundamente ciente de que esses cortes de empregos são difíceis para as pessoas e não tomamos essas decisões levianamente".
"Estamos trabalhando para apoiar os afetados e oferecer a eles pacotes que incluem indenização, seguro de saúde temporário e ajuda externa para encontrar trabalho", acrescentou.
Algumas das demissões ocorrerão na Europa, segundo Jassy, que acrescentou que os trabalhadores afetados serão informados a partir de 18 de janeiro da demissão.
O anúncio repentino, observou Jassy, estava sendo feito, porque "um de nossos colegas de equipe vazou essa informação externamente".
Citando fontes próximas à gigante da distribuição, o jornal especializado The Wall Street Journal noticiou que os cortes de empregos na Amazon poderiam afetar cerca de 17.000 funcionários, número superior ao estimado.
A empresa já havia anunciado seus planos para cortar cerca de 10.000 empregos em novembro.
"A Amazon resistiu à situação econômica incerta e difícil no passado e continuaremos a fazê-lo", garantiu Jassy.
No final de setembro de 2022, o grupo contava com 1,54 milhão de colaboradores em todo mundo, excluindo-se os sazonais que trabalham em períodos de maior atividade, sobretudo nas festas de fim de ano.
Durante a pandemia, a empresa fez grandes contratações para atender à demanda, dobrando sua equipe global entre 2020 e 2022.
No terceiro trimestre, porém, seu lucro líquido caiu 9% ano a ano.
Hoje, grandes plataformas do setor de tecnologia — muitas com modelos de negócios baseados em publicidade — enfrentam cortes orçamentários e anunciantes que reduzem seus gastos diante do aumento da inflação e dos juros.
É o caso da Meta, por exemplo, controladora do Facebook, que anunciou em novembro o corte de 11.000 empregos, o que corresponde a algo em torno de 13% da sua força de trabalho.
Já o Twitter, comprado em outubro pelo bilionário Elon Musk, demitiu cerca de metade de seus 7.500 funcionários, enquanto o Snapchat cortou aproximadamente 20% de seus funcionários em agosto, o equivalente a 1.200 pessoas.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.