Em pesquisa, 5 a cada 10 indústrias do Brasil não possuem setor de inovação
51% das indústrias brasileiras não possuem setor específico voltado para a renovação, aponta pesquisa da CNI (Confederação Nacional da Indústria) divulgada hoje.
Os dados apontam, ainda, que 63% das empresas pesquisadas não têm orçamento reservado para inovação e 65% não dispõem de profissionais exclusivamente dedicados a mudanças.
Ainda assim, de acordo com a pesquisa, a pandemia do novo coronavírus levou grandes e médias indústrias a investir em processos de inovação para aumentar a competitividade.
De acordo com o estudo, realizado pelo Instituto FSB Pesquisa, oito em cada dez indústrias inovaram e viram crescer a produtividade e os resultados financeiros.
O levantamento teve por objetivo mapear a percepção de executivos de empresas no Brasil sobre o atual cenário de inovação dentro e fora das principais companhias em atividade no país.
Foram entrevistados executivos de 500 indústrias durante o mês de setembro, e a amostragem foi controlada por porte das empresas (médias e grandes) e setor de atividade.
Do total de empresas industriais de médio e grande porte, 88% promoveram alguma inovação durante a pandemia de covid-19, como forma de buscar soluções para a crise imposta pelo contexto sanitário.
"Dentre o total de empresas ouvidas, 80% registraram ganhos de produtividade, competitividade e lucratividade decorrentes de inovações", disse a CNI.
"Outras 5% tiveram dois desses ganhos e 2%, um ganho. Apenas 1% das indústrias brasileiras inovou e não viu nenhum incremento em seus resultados. Os dados mostram que somente 13% dos executivos entrevistados disseram que suas empresas não inovaram durante a pandemia", prosseguiu.
Dificuldades
De acordo com a pesquisa, as principais causas para dificuldade em mudar durante a pandemia são acessar recursos financeiros de fontes externas (19%), a instabilidade do cenário externo (8%), a contratação de profissionais (7%), falta de mão de obra qualificada (8%) e o orçamento da empresa (6%).
Os dados mostram, ainda, que a pandemia trouxe alterações na produção das empresas, com:
- 67% dos entrevistados afirmando que a covid-19 evidenciou alterações na relação com os trabalhadores;
- 60% disseram que tiveram alterações nas vendas;
- 59% nas relações com clientes;
- 58% na gestão;
- 53% nas linhas de produção;
- 51% na utilização de tecnologias digitais;
- e 44% na logística.
Segundo a CNI, entre os entrevistados, 79% responderam que foram prejudicadas com a pandemia, com destaque para a região Nordeste, que concentrou 93% das respostas positivas.
E 58% das indústrias disseram que a cadeia de fornecedores foi a mais prejudicada, seguida de vendas (40%) e linhas de produção (23%).
Ao mesmo tempo, 20% dos executivos disseram que foram pouco ou nada prejudicados pela pandemia. No total, 55% das empresas afirmaram que tiveram aumento no faturamento bruto.
A pesquisa mostrou, ainda, que, para os próximos três anos, as empresas consideram como prioridades:
- ampliar o volume de vendas (49%);
- produzir com menos custos (49%);
- produzir com mais eficiência (41%);
- ampliar a produção (34%);
- e fabricar novos produtos (27%).
Para isso, entre os setores que as indústrias consideram mais importante inovar estão o de relação com o consumidor (36%), setor de processos (35%) e de produção (31%)
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