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Países latino-americanos querem lançar plano contra inflação

Segundo presidente argentino, Alberto Fernández, acordo de cooperação para combater a inflação será discutido pelos países em 17 de março. - Renan Rodrigues/A7 Press/Estadão Conteúdo
Segundo presidente argentino, Alberto Fernández, acordo de cooperação para combater a inflação será discutido pelos países em 17 de março. Imagem: Renan Rodrigues/A7 Press/Estadão Conteúdo

27/02/2023 13h23

BUENOS AIRES, 27 FEV (ANSA) - Cinco países da América Latina -- Brasil, Argentina, Colômbia, Cuba e México -- estão debatendo um acordo regional de cooperação para combater a inflação, em uma articulação que será discutida pelos países no próximo dia 17 de março, informou o presidente argentino, Alberto Fernández, ao jornal "Ámbito Financiero", nesta segunda-feira (27).

"Trata-se de um programa de intercâmbio de produtos, de acordo com a necessidade, para segurar a escalada dos preços. A preocupação do último ano foi, sem dúvidas, a alta no custo dos alimentos", disse à publicação.

Segundo Fernández, esse entendimento entre as cinco nações "que concentram os maiores PIB da região" facilitará a importação de bens "que sofram com uma disparada de preços".

Exemplificando, o mandatário ressaltou que se, por caso, seu país registrasse um aumento injustificado no preço das roupas, ele poderia se voltar para um dos parceiros, como o Brasil, para obter produtos com preços inferiores em troca de outros itens mais acessíveis, como sementes de soja.

Ainda conforme o líder argentino, a ideia partiu de seu homólogo mexicano, Andrés Manuel López Obrador, e o projeto foi apresentado "com sucesso" para os demais mandatários Luiz Inácio Lula da Silva, Gustavo Petro e Miguel Díaz-Canel.

"Concordamos ainda que nesse meio tempo, nossos ministros conversariam", pontuou.

Fernández disse que esses cinco países "têm em comum não apenas uma certa afinidade ideológica, mas sobretudo lutam contra a inflação", que na Argentina está em 94,8% ao ano; em Cuba em 39%; na Colômbia em 13,1%; no México em 7,82%; e no Brasil em 5,79%. (ANSA).

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