FMI melhora previsão para o Brasil, mas aponta chance de 'nova agenda política' com eleições
Segundo relatório divulgado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) nesta segunda-feira, em Davos (Suíça), o Brasil deve crescer 1,9% em 2018 e 2,1% em 2019 - as estimativas anteriores, divulgadas em outubro do ano passado, eram de 1,5% e 2%, respectivamente.
"Incertezas políticas aumentam riscos em reformas ou a possibilidade de mudanças em agendas políticas, inclusive no contexto das próximas eleições em vários países (como Brasil, Colômbia, Itália e México)", aponta a atualização do relatório World Economic Outlook (Perspectivas da Economia Global), que traz previsões econômicas para mais de 180 países.
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Apesar da melhora na expectativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), creditada a uma "recuperação mais firme no Brasil" em 2017, o relatório aponta que o país deve ter crescimento bastante inferior ao do resto do mundo, estimado em 3,9% em 2018 e 2019.
O cenário é pior em comparação aos demais países em desenvolvimento, que deverão crescer 4,8% em 2018 e 5% em 2019.
Segundo o FMI, a economia brasileira terá crescimento igual ou menor que a média da América Latina e Caribe, estimada em 1,9% para 2018 e 2,6% em 2019.
A elevação das previsões para a economia brasileira em 2018 e 2019 pelo FMI é bem mais tímida que a da pesquisa Focus, do Banco Central, que ouve 100 instituições financeiras e consultorias semanalmente.
A média de estimativas coletadas pelo Focus aponta crescimento de 2,7% e 2,99% em 2018 e em 2019, respectivamente (0,8 ponto percentual maior que as previsões do FMI para os dois anos).
Reformas de Trump
O fundo aponta a reforma fiscal implementada pelo presidente americano Donald Trump como principal motor para o crescimento da economia global.
Segundo o FMI, os cortes de impostos devem aumentar os investimentos na economia norte-americana, com efeitos positivos em seus principais parceiros comerciais, como o México.
O fundo, entretanto, indica que o impacto positivo da reforma de Trump deve começar a enfraquecer a partir de 2022, quando os gastos resultantes da redução de impostos devem cair.
Em 2018, a estimativa de crescimento para a economia americana é de 2,7% (alta de 5 pontos percentuais em relação à última previsão) e 2,5% em 2019.
"As mudanças na política tributária dos EUA devem estimular a atividade economia, com o impacto de curto prazo nos EUA impulsionado especialmente pela resposta de investimentos aos cortes nos impostos sobre a receita corporativa", apontou o órgão.
A reforma fiscal dividiu economistas e a sociedade americana, já que muitos apontam que multinacionais e milionários seriam os principais beneficiados pelo corte de impostos nos EUA.
Os críticos à reforma argumentam que reduzir a taxação dos mais ricos não se traduz em mais postos de trabalho, mas em maior concentração de renda.
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