Para comprar itens básicos na Venezuela, é preciso uma montanha de dinheiro
Entra em vigor nesta segunda-feira (20) o plano de recuperação econômica do presidente venezuelano, Nicolas Maduro, para tentar conter a hiperinflação que assola o país.
Segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), a inflação da Venezuela deve chegar a 1.000.000% neste ano.
Uma das medidas do pacote prevê a entrada em circulação de uma nova moeda, o bolívar soberano --que tem cinco zeros a menos que o bolívar forte, completamente desvalorizado.
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Para ilustrar como a inflação tomou conta do país, o fotógrafo Carlos Garcia Rawlins, da agência de notícias Reuters, realizou um ensaio fotográfico com imagens de alimentos e artigos de higiene básicos ao lado da quantidade de dinheiro necessária para comprá-los.
Um frango de 2,4 kg, por exemplo, custava 14,6 milhões bolívares (o equivalente a US$ 2,22) em Caracas.
Na última quinta-feira (16), um rolo de papel higiênico podia ser comprado por 2,6 milhões bolívares. Já um lote de cenouras não saía por menos de 3 milhões de bolívares.
Muitos venezuelanos chegaram a estocar alimentos em casa com receio de que, quando as medidas do pacote econômico entrassem em vigor nesta segunda-feira, os sistemas bancários ficassem sobrecarregados e inviabilizassem o comércio.
Em julho deste ano, a inflação atingiu 82.700%. "Eu vim comprar verdura, mas estou indo embora porque não vou esperar nessa fila", disse à Reuters a administradora de empresas Alicia Ramirez, de 38 anos, que estava em um supermercado de Maracaibo, no oeste do país. "As pessoas estão ficando loucas."
A Venezuela decretou feriado nesta segunda-feira para a implantação do novo sistema monetário --os serviços bancários online e a operação de caixas eletrônicos seriam interrompidos por várias horas para a introdução das novas notas.
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