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Sudeste Asiático sobe na lista de poluidores internacionais

Karl Lester M Yap

14/01/2016 11h43

(Bloomberg) -- As economias do Sudeste Asiático tiveram uma forte expansão na última década e a poluição na região aumentou na mesma medida.

As emissões de dióxido de carbono na região cresceram mais rapidamente entre 1990 e 2010 do que em qualquer outra parte do mundo e o Banco Asiático de Desenvolvimento alertou que o aquecimento global associado poderia desencadear inundações, escassez de água e prejuízos econômicos.

As emissões de dióxido de carbono de combustíveis fósseis aumentaram 227 por cento no Sudeste Asiático no período de 20 anos, contra 181 por cento na Ásia Meridional e 12 por cento na América do Norte, disse o BAD, citando dados do Banco Mundial. As emissões do Sudeste Asiático em toneladas per capita aumentaram 157 por cento no período, o que também representa a maior elevação do mundo, segundo dados do Banco Mundial compilados pela Bloomberg.

"A região registrou um crescimento econômico rápido nos últimos anos e as emissões dos gases que causam o efeito estufa na região subiram velozmente, cerca de 5 por cento ao ano nas últimas duas décadas", disse o BAD nesta semana. "Na ausência de ação climática, a região estará cada vez mais exposta a temperaturas mais elevadas, a tempestades mais destrutivas, a inundações maiores em algumas áreas e a mais secas em outras".

China no topo

Contudo, a Indonésia foi o único país do Sudeste Asiático classificado entre os 10 maiores emissores de gases de efeito estufa no mundo em 2011. A China foi o pior emissor, seguida dos EUA e da União Europeia, segundo o relatório do BAD. 

Líderes mundiais se reuniram em Paris no mês passado e fecharam um acordo para realizar um esforço inédito de ação contra as mudanças climáticas, com 187 países prometendo compromissos voluntários para limitar a poluição a partir de 2020.

O BAD estimou em dezembro que os prejuízos econômicos das mudanças climáticas no Sudeste Asiático poderiam reduzir o produto interno bruto da região em até 11 por cento até 2100.