Logo Pagbenk Seu dinheiro rende mais
Topo

Chevron vê queda custo perfuração em poços de xisto na Argentina

Pablo Gonzalez e Andres R. Martinez

24/06/2016 12h58

(Bloomberg) -- O custo para perfuração de poços em Vaca Muerta, na Argentina, que abriga a segunda maior reserva de xisto do mundo, caiu 20 por cento neste ano, colocando a Chevron e suas parceiras mais perto do cumprimento das metas de investimento.

Os custos de perfuração no campo Loma Campana, em Vaca Muerta, caíram para US$ 11,2 milhões por poço, contra US$ 14 milhões nos últimos três meses de 2015, disse Ali Moshiri, presidente para a América Latina e a África, em entrevista à Bloomberg News, em Buenos Aires, na quinta-feira. Isto coloca a joint venture com a YPF mais perto de sua meta de perfuração de poços por menos de US$ 10 milhões, disse ele.

"Há muitas empresas observando a Chevron e a YPF na Argentina", disse Moshiri. "O desempenho desses poços está chegando muito perto e se tornando muito competitivo em relação ao dos Estados Unidos".

Petroleiras como a Exxon Mobil estão correndo para explorar as reservas de xisto da Argentina, as maiores do mundo depois das norte-americanas, em um momento em que os baixos preços do petróleo exercem pressão sobre as produtoras dos EUA. A produção caiu nos EUA neste ano com o declínio dos preços, enquanto as produtoras da Argentina mantiveram o nível devido aos subsídios estatais de estímulo à extração.

Joint venture

A Chevron assinou um contrato com a estatal YPF em 2013 para investir US$ 1,6 bilhão em um programa piloto de perfurações em Vaca Muerta, na província de Neuquén. A joint venture, avaliada em cerca de US$ 16 bilhões, perfurou cerca de 400 poços, disse Moshiri.

O governo da ex-presidente Cristina Kirchner elevou o preço do barril de petróleo produzido domesticamente de US$ 45 para US$ 75, deu incentivos fiscais às empresas de exploração e limitou os royalties a 15 por cento a partir de 2012, criando uma expansão doméstica do setor de petróleo em um momento de dificuldades no cenário global devido à queda dos preços.

"Somos um negócio de longo prazo; não tentamos fazer nada por apenas alguns anos", disse Moshiri. "Há alguns anos, ninguém sabia da Chevron na Argentina. Agora somos os maiores investidores do setor de petróleo".