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Destinos menos conhecidos vão encantar amantes do vinho em 2018

Elin McCoy

12/09/2017 12h15

(Bloomberg) -- O turismo em torno do vinho não está apenas se expandindo ? está ficando cada vez mais criativo em todo o planeta. Nunca antes tantas fazendas vinicultoras atraíram enófilos com hospedagens luxuosas e experiências para satisfazer as paixões despertadas pelas uvas.

Como sempre, vinhos magníficos e instalações excelentes são meus primeiros critérios para escolher uma região para uma escapada. Mas tento ir além das degustações da adega e da chance de fazer um piquenique nas vinhas; entre os destaques especiais, paisagens deslumbrantes e incomuns para explorar, culinária local deliciosa e criativa para saborear e quartos relaxantes para dormir quando minhas papilas gustativas precisam de um descanso.

Dois destinos de minha safra para 2018 oferecem tudo isso ? e muito mais.

Para aventureiros
Bodega Colomé, Salta, Argentina

A civilizada Mendoza é o Vale de Napa da Argentina, mas a aventura se esconde na província de Salta, a região vinícola de alta altitude no acidentado noroeste do país ? perto da Bolívia e do Chile. É o epicentro de torrontés brancos perfumados, de malbecs saborosos e concentrados, e de uma paisagem espetacular de cactos gigantes, formações rochosas cor de ferrugem e os Andes cobertos de neve.

A remota Bodega Colomé, uma vinícola do século 19 comprada pelo multimilionário suíço e colecionador de arte Donald Hess em 2001 (ele também é dono da Hess Collection em Napa), é o melhor vinhedo para esquecer do mundo. A quatro horas e meia de carro da cidade de Salta, por estradas de chão esburacadas, este é um exclusivo Shangri-La de vinho, arte e mais de 64.000 hectares para fazer caminhadas, praticar ciclismo e ficar de queixo caído.

A partir de 1º de novembro, a vinícola reabrirá a Casa del Fundador, seu hotel de luxo de 9 quartos (bodegacolome.com; reservas@bodegacolome.com; US$ 250) em uma construção típica de estância, com teto de telhas. Os grandes e arejados quartos em tons de terra dão para um pátio com uma fonte estilo zen, e sim, há um bom restaurante.

Para fãs de arte e rosé
Château La Coste, Provença, França

Se você acha que a Provença e seus rosés são clichês superestimados, talvez você deva mudar de opinião. A região conserva sua beleza cinematográfica, e o Château La Coste, dedicado à arte e ao vinho, perto de Aix-en-Provence, oferece um novo motivo para esta viagem: o sofisticado Villa La Coste, um hotel de 28 suítes com vista para suas vinhas orgânicas foi finalmente concluído neste ano (chateau-la-coste.com; a partir de US$ 800).

Quando o desenvolvedor irlandês e colecionador de arte Patrick McKillen comprou a propriedade de 240 hectares há 15 anos, ele começou a convidar os principais escultores e arquitetos para criar obras para lugares na floresta e ao lado dos vinhedos. Entre os grandes nomes estão Frank Gehry, Tadao Ando, Ai Weiwei, Renzo Piano, Damien Hirst, Jean Nouvel, Tracey Emin e muitos outros.

Os elegantes quartos minimalistas do hotel têm espaçosos terraços privativos com uma ampla vista para as vinhas. O mestre da culinária com chamas, Francis Mallmann, abriu um restaurante lá neste verão boreal, e um chef francês de três estrelas prepara clássicos da gastronomia francesa para um jantar mais formal.

Para entrar em contato com o repórter: Elin McCoy em New York, elinmccoy@gmail.com.

Para entrar em contato com a editoria responsável: Daniela Milanese, dmilanese@bloomberg.net.

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