China vai controlar de perto fundos de empresas estatais: Fontes
(Bloomberg) -- A China vai criar uma empresa financeira centralizada para administrar cerca de US$ 304 bilhões em fundos detidos por unidades financeiras das empresas estatais do país (SOE, na sigla em inglês), disseram pessoas com conhecimento do assunto, possibilitando que o governo administre mais de perto os empréstimos e investimentos dessas empresas.
O plano, aprovado pelo Conselho de Estado ou Gabinete, dará mais poderes ao governo para administrar os investimentos das divisões financeiras das empresas estatais centrais não-financeiras, o que dará à entidade uma ideia mais completa de como as companhias estão usando os fundos, segundo as pessoas, que solicitaram anonimato porque os planos não foram divulgados.
As empresas estatais centrais não-financeiras possuem suas próprias unidades financeiras, que atualmente oferecem diversos produtos e serviços, como depósitos e empréstimos, e a nova entidade poderia simplificar essas iniciativas. O plano ajudaria os órgãos reguladores direcionando cerca de 2 trilhões de yuans em fundos das empresas estatais não-financeiras à nova empresa, o que significa que eles poderiam monitorar o fluxo por meio de uma única empresa financeira em vez de várias.
Muitos detalhes sobre a nova entidade ainda não estão claros, como quem a controlaria, que autoridade regulatória e administrativa teria e como administraria o financiamento externo em nome das empresas estatais.
Metas
O objetivo é aumentar a eficiência do setor estatal, de US$ 20 trilhões, em sintonia com uma campanha do governo para reduzir a dívida das empresas, de acordo com as pessoas. A empresa financeira centralizada teria um papel regulatório e administrativo e as empresas estatais manteriam o controle dos fundos, disseram as pessoas.
A China Chengtong Holdings e a China Reform Holdings, duas companhias que estão participando do plano de reforma do setor estatal, foram encarregadas de montar a empresa centralizada, disseram duas pessoas. A nova empresa coordenaria a cooperação comercial entre companhias, cortaria custos, reduziria dívida e promoveria outros laços financeiros entre empresas estatais dentro e fora da China, disseram elas.
O plano se aplica a empresas reguladas pela Comissão de Supervisão e Administração de Ativos, um órgão estatal, e não a bancos e corretoras que são administrados por outros órgãos.
Não houve resposta imediata a faxes enviados à China Chengtong e ao Escritório de Informações do Conselho Estatal com pedidos de comentários. Um e-mail enviado à assessoria de imprensa da China Reform também não foi respondido.
A medida, que se destina a tornar mais eficiente a maneira de as empresas estatais tomarem empréstimos e a reduzir os custos operacionais, coincide com as iniciativas de Pequim para frear o endividamento do setor estatal a fim de diminuir riscos para a economia geral. Em uma reunião financeira chave em julho, o presidente Xi Jinping disse que a desalavancagem das empresas estatais era extremamente importante.
--Com a colaboração de Jun Luo
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