Maior produtora mundial de insulina quer entrar no mundo digital
(Bloomberg) -- O CEO da Novo Nordisk afirma que planeja transformar a tecnologia digital em parte integrante do negócio em um momento em que a maior fabricante de insulina do mundo busca novas formas de combater a desaceleração do crescimento nas vendas de medicamentos.
Com essa abordagem, a empresa dinamarquesa oferecerá, entre outros serviços, aplicativos que ajudarão os pacientes a monitorarem os níveis de glicemia, disse Lars Fruergaard Jorgensen, em entrevista por telefone. Além de respaldar a receita, a nova abordagem possibilitará que a Novo alcance pacientes que atualmente não usam medicamentos da empresa, disse o CEO.
"Isso pode ampliar os volumes", disse Jorgensen. "Se é possível criar uma solução que oferece um melhor controle de glicose aos pacientes, cria-se também preferência pelo produto."
No início do ano, a Novo fechou parceria com a empresa de análises de dados Glooko, que usa tecnologia móvel, web e de nuvem para ajudar as pessoas a gerenciarem o diabetes. Também iniciou projetos de teste na Suécia e nos EUA, oferecendo a alguns pacientes vigilância on-line dos níveis de açúcar no sangue.
Jorgensen disse que a Novo basicamente confiará aos parceiros a tarefa de desenvolver o produto digital em um momento em que a empresa se concentra em construir sua base de conhecimento sobre uma doença que afeta cerca de 500 milhões de pessoas em todo o mundo. Ele preferiu não informar uma data inicial para a disponibilização das soluções digitais.
"Invisto bastante tempo para garantir que temos uma visão a respeito de onde queremos terminar, mas sou flexível em relação a quanto tempo demorará para chegar lá", disse Jorgensen. "O mais importante é começar e aprender durante o processo."
A Novo tem enfrentado dificuldades nos últimos tempos devido à concorrência crescente e aos preços mais baixos, em particular nos EUA, seu maior mercado. Essa situação desacelerou o crescimento na maior empresa da região nórdica (em valor de mercado). O Victoza, o tratamento mais vendido da Novo, vem perdendo terreno para um produto da Eli Lilly e o setor enfrenta pressão de parlamentares para tornar os preços mais transparentes.
"Se a empresa se torna relevante para o paciente e faz a diferença, então há também um lado comercial para a Novo Nordisk", disse Jorgensen. "A grande maioria dos diabéticos não tem controle sobre sua doença, por isso existe a necessidade de algo que dê a pacientes e médicos uma visão melhor a respeito do funcionamento do tratamento."
--Com a colaboração de James Paton
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