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Apesar de milhares de simulações, bancos erram resultado da Copa --com uma exceção

Martin Meissner/AP Photo
Imagem: Martin Meissner/AP Photo

Vinícius Andrade e Felipe Marques

16/07/2018 15h03Atualizada em 17/07/2018 10h03

(Bloomberg) -- Dezenas de milhares de simulações não foram suficientes para que os bancos acertassem o resultado da Copa do Mundo --com uma exceção.

O banco japonês Nomura foi a única das seis instituições financeiras que acertaram que a França levantaria o troféu no domingo em Moscou. E nenhum dos bancos teve mais do que um acerto na previsão dos quatro melhores times do torneio, marcado por vitórias de "azarões" e eliminações antecipadas de países que estavam entre os favoritos.

A fórmula 'mágica'

O Nomura, que esperava que o Brasil e a Espanha também chegassem às semifinais, disse que fez projeções baseadas no valor dos jogadores de cada equipe, na dinâmica do desempenho da equipe e no histórico de conquistas.

A inexperiência dos jogadores comandados pelo francês Didier Deschamps era compensada por um grupo relativamente fácil, pela baixa volatilidade nos valores dos jogadores e pelo fato de a equipe ser a mais cara do torneio, de acordo com o banco.

"Não há muitas certezas na vida, mas uma coisa podemos prometer: este é o melhor guia para a Copa do Mundo que você vai ler de um banco japonês que é coletivamente assinado por autores suecos, poloneses, ingleses, brasileiros e japoneses", disse o Nomura, no início do seu relatório de 8 de junho, assinado por Bilal Hafeez, Farhaad Mallu, Henrik Gullberg, João Pedro Ribeiro, Marcin Kujawski e Shinya Harui.

Maioria apostava em Brasil x Alemanha

Brasil-Alemanha foi de longe o palpite mais comum para o jogo final. O Itaú Unibanco e o Goldman Sachs apostaram que o Brasil se vingaria da derrota traumática de 7 a 1 em 2014. O Commerzbank e o UBS disseram que os alemães levariam o troféu para casa pela segunda vez consecutiva.

Mas as coisas rapidamente deram errado. A Alemanha saiu na fase de grupos após uma derrota por 2 a 0 para a Coreia do Sul. Um por um, Argentina de Lionel Messi, Portugal de Cristiano Ronaldo, Espanha de Andres  Iniesta e Brasil de Neymar caíram pelo caminho, todos eliminados antes das semifinais.

Estratégias usadas

Analistas confiaram em diferentes estratégias para calcular as chances de cada equipe. O Goldman  Sachs disse que usou 200 mil modelos estatísticos, dados sobre jogadores individuais e desempenho recente da equipe, executando 1 milhão de simulações.

O UBS realizou uma simulação computacional do torneio 10 mil vezes, dedicando uma equipe de 18 analistas e editores.

O Commerzbank levou em conta o ranking mundial, o histórico de edições anteriores da Copa do Mundo, o viés do time da casa e o número de gols marcados no torneio ao longo dos anos. Eles também executaram 10 mil simulações em cada jogo.

O Danske Bank pesou variáveis econômicas, como o PIB per capita, na equação.