Credit Suisse vê retorno dos emergentes superando o dos EUA
(Bloomberg) -- Os gestores de fundos de hedge não devem se deixar abalar pela recente turbulência nos mercados emergentes, que vão proporcionar retorno melhor do que os EUA nos próximos anos. É esta a visão do responsável global por assessoria de risco do Credit Suisse Group.
O retorno na América do Norte é gerado por um número menor de ativos, ao passo que, nos mercados emergentes, as ineficiências dão aos fundos de hedge maiores oportunidades para extrair valor, disse Mark Connors, em entrevista à Bloomberg Television, nesta quarta-feira.
"Estruturalmente, há menos ações para negociação nos EUA. Há muita liquidez e excesso de corretagem", disse o profissional, que trabalha no escritório do banco suíço em Nova York, na área voltada a investidores institucionais e fundos de hedge. "Para quem vai erguer um negócio para os próximos cinco anos, é preciso pensar não em que pé as coisas estão, mas para onde vão, e claramente é para os mercados emergentes."
Houve fuga dos mercados de ações e títulos de países em desenvolvimento neste ano, diante da valorização do dólar, da escalada da tensão comercial e dos problemas na Argentina e Turquia. O MSCI Emerging Markets Index caiu 10 por cento em 2018, enquanto o S&P 500 Index avançou 9 por cento.
Connors compartilhou outras opiniões:* O retorno neste ano foi puxado principalmente pelas altas do dólar, petróleo e ações de tecnologia dos EUA. "Sem esses três, 2018 teria sido bem difícil para os investidores."* O retorno dos fundos de hedge vai melhorar à medida que os estímulos monetários diminuem e os estímulos fiscais, como cortes de impostos, ajudam as boas empresas a se sobressair.* O momento é bom especialmente para os chamados fundos macro globais, que tentam aproveitar oscilações causadas por eventos amplos. "Achamos que isso mudou por causa da política fiscal e porque, fundamentalmente, existe inflação."
--Com a colaboração de Yvonne Man, Rishaad Salamat e Karolina Miziolek.
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