SpaceX de Musk recruta novo cliente japonês para missão lunar
(Bloomberg) -- A Space Exploration Technologies, de Elon Musk, recrutou o segundo cliente japonês em poucas semanas -- mas a carga útil, neste caso, serão veículos lunares, e não um grupo de turistas espaciais.
A startup de exploração lunar Ispace, com sede em Tóquio, se inscreveu para lançamentos do foguete Falcon 9 da SpaceX em 2020 e 2021. O primeiro transportará um aterrissador lunar à órbita da Lua e o segundo pousará na superfície da Lua para implantar dois rovers, anunciou a Ispace nesta quarta-feira.
"Compartilhamos da visão da SpaceX de possibilitar que os humanos vivam no espaço, por isso estamos muito felizes pelo fato de eles terem se unido a nós nesta primeira etapa de nossa jornada", disse o CEO da Ispace, Takeshi Hakamada, em comunicado.
O negócio se dá pouco mais de uma semana após Musk revelar que o bilionário fundador da empresa de varejo on-line japonesa Start Today, Yusaku Maezawa, havia se apresentado para ser o primeiro passageiro pagante a viajar ao redor da Lua em um foguete da SpaceX em 2023. O empreendedor de 42 anos com uma riqueza líquida de cerca de US$ 2,3 bilhões planeja convidar até oito artistas a se unirem a ele. Musk não descartou participar da viagem.
As 16 missões bem-sucedidas da SpaceX são um fator positivo para Musk, que também comanda a fabricante de carros elétricos Tesla, em meio a um ano tumultuado.
A Ispace vislumbra oportunidades de negócios, entre elas o transporte de cargas para a Lua, a busca de água e a facilitação de um futuro assentamento humano. No ano passado, a empresa levantou cerca de US$ 95 milhões com investidores como a Suzuki Motor e a gigante das telecomunicações KDDI para financiar seus primeiros lançamentos lunares.
A startup também competiu em uma corrida à Lua patrocinada pelo Google, cancelada pelo gigante americano da internet neste ano quando ficou claro que nenhum explorador privado concluiria a viagem dentro do prazo.
Outra ex-participante da competição lunar do Google, a SpaceIL -- apoiada pela Agência Espacial de Israel e pelo bilionário magnata dos cassinos Sheldon Adelson -- planeja pegar carona em um dos foguetes Falcon 9 de Musk em dezembro.
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