Analistas esperam balanço do Facebook sem mais notícias ruins
(Bloomberg) — O Facebook está chegando ao fim de seu ano mais difícil como empresa de capital aberto. Às vésperas da divulgação dos resultados, na terça-feira (30), a esperança dos analistas é de que nenhuma notícia seja capaz de piorar a situação atual.
A gigante das redes sociais deverá divulgar uma receita de US$ 13,8 bilhões no terceiro trimestre, 34% superior à do ano anterior. O lucro operacional será de US$ 5,79 bilhões, segundo estimativas de analistas compiladas pela Bloomberg.
Essas projeções otimistas desmentem outro trimestre de turbulência que incluiu saídas de executivos, uma enorme violação de privacidade, ameaças de regulamentação e dificuldades para conter a desinformação antes de eleições importantes nos EUA.
Três meses atrás, o Facebook surpreendeu Wall Street com o descumprimento da projeção de receita do segundo trimestre e com o alerta de que o crescimento perderia força em meio a gastos maiores. Na terça-feira, os investidores acompanharão de perto os números de engajamento de usuários e de despesas. O principal desejo deles é que não haja mais surpresas desagradáveis.
"Se a direção da empresa não surpreender com mais anúncios negativos a respeito da receita a longo prazo e das tendências para as despesas, achamos que as ações podem ter um bom quarto trimestre", escreveu o analista Ben Schachter, da Macquarie, em nota recente aos clientes.
O Facebook perdeu mais de US$ 200 bilhões em valor de mercado desde a alta recorde de julho e as ações são negociadas no menor patamar desde maio de 2017. Os investidores temem que o uso da principal rede social da empresa tenha estagnado e que futuras fontes de crescimento, como as mensagens, sejam menos rentáveis.
Os usuários ativos mensais do Facebook deverão totalizar 2,28 bilhões no terceiro trimestre, contra 2,23 bilhões nos três meses anteriores, segundo estimativas de analistas compiladas pela Bloomberg.
Se o Facebook puder fazer com que os usuários continuem voltando à sua rede social, os dólares de publicidade provavelmente continuarão entrando, dando espaço à empresa para investir em soluções para seus problemas.
Uma pesquisa recente da RBC Capital Markets concluiu que a porcentagem de anunciantes do Facebook que planejam aumentar seus gastos com o serviço caiu para 49% em setembro, contra 66% um ano antes. Por outro lado, o Instagram registra aumentos significativos nos orçamentos para anúncios, segundo a pesquisa da RBC.
"Enquanto as receitas aumentarem, a empresa terá flexibilidade para administrar seus gastos", disse Michael Pachter, analista da Wedbush Securities.
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