Produtores de grãos americanos aguardam compras da China
(Bloomberg) -- Muitos fazendeiros americanos estão aliviados por ver o retorno da China ao mercado de soja dos EUA. Mas após algumas semanas de vendas da oleaginosa, os produtores de outras culturas deixadas de lado na guerra comercial também aguardam novidades.
Os produtores de uma cultura em particular ainda não receberam seu quinhão. Nos últimos anos, a demanda chinesa pelo sorgo americano -- um cereal usado principalmente para ração animal, etanol e bebidas alcoólicas -- disparou. Em essência, as aquisições foram interrompidas depois que o país asiático aplicou tarifas retaliatórias ao grão.
Agora que a trégua comercial levou a China a comprar soja americana, cresce a especulação de que as compras de outros grãos, incluindo sorgo, sejam as próximas. Mas para desgosto dos fazendeiros, não foi divulgado nenhum acordo até o momento, disse Dan Atkisson, presidente da associação nacional de produtores de sorgo dos EUA (NSP, na sigla em inglês).
A China começou a comprar sorgo dos EUA no fim de 2013 como ração animal, uma alternativa à cara produção de milho doméstico, e o crescimento da demanda disparou até 2015. Como a China se transformou no maior mercado externo para o sorgo dos EUA, o prêmio para essa cultura em relação ao milho subiu durante algum tempo.
"Os chineses importaram muito do nosso produto nos últimos cinco anos", disse Atkisson, que também é fazendeiro em Stockton, Kansas, nos EUA. "Esperamos poder incluir nossa commodity no comércio com a China e esperamos poder resolver a questão comercial como um todo."
Os produtores que cultivam o grão em estados como Kansas, Texas e Oklahoma estão entre os muitos produtores cujas vendas e renda foram prejudicadas pela guerra comercial EUA-China. Houve acúmulo de estoque de uma série de culturas porque a demanda dos demais países não foi suficiente para preencher a lacuna deixada pelo país asiático, que é o maior consumidor de todo tipo de cultura, desde algodão até soja.
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