Startup aposta em compra de imóveis similar à de carros nos EUA
(Bloomberg) -- A Knock, uma startup que busca simplificar o processo de compra de residências tornando-o mais parecido com o da compra de carros, levantou US$ 400 milhões em ações e dívidas com o objetivo de duplicar o número de mercados nos quais opera dentro dos EUA.
A empresa, que atualmente opera em cinco cidades, usa seu caixa para comprar residências em nome de compradores que concordam em comprar a propriedade da Knock quando conseguirem vender sua casa atual. O modelo é semelhante à prática das lojas de automóveis, que permitem que os compradores ofereçam seus carros antigos como parte da transação, disse o CEO Sean Black em entrevista.
A Knock não é a única startup que busca popularizar a ideia da negociação de residências. A Opendoor, que levantou bilhões de dólares para sua abordagem algorítmica voltada às trocas de casas, fechou parceria com construtoras para comprar casas de pessoas que estão mudando para novas construções. A Offerpad e a Perch, outras duas startups com estratégias similares, também promovem programas de transações com trocas.
A Knock é diferente dessas empresas porque funciona como um misto de imobiliária e credor a curto prazo. A empresa compra casas em nome de seus clientes e também administra a venda das antigas casas de seus clientes, lucrando com a comissão de agente de ambas as transações. A Knock lançou o serviço em Atlanta em 2016 e comprou e vendeu residências para mais de 2.000 clientes no ano passado.
A nova rodada de captação de recursos, liderada pela Foundry Group, com sede em Boulder, Colorado, coincide com a desaceleração do setor de habitação, o que representa um novo teste para a proposta da Knock. A oferta restrita pressiona os compradores a agirem rapidamente e a oferecer propostas em dinheiro -- o que dá a eles um motivo para escolher serviços como o da Knock. Black disse que sua empresa oferece valor em um mercado mais lento porque assume a responsabilidade de vender a casa da qual o cliente está mudando.
"Eu preciso do dinheiro da minha casa atual para comprar uma nova casa e tenho que me comprometer a comprar a nova casa antes de poder anunciar minha antiga casa, a menos que eu queira vendê-la primeiro e ficar sem teto", disse. "É uma questão de liquidez, um problema como o da galinha e do ovo, que estamos resolvendo."
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