Deutsche Bank passará por fusão se recuperação fracassar: Fontes
(Bloomberg) -- Os executivos do Deutsche Bank estão preocupados por terem apenas mais 60 dias para recuperar sua franquia em dificuldades.
Às vésperas dos resultados do quarto trimestre, que provavelmente refletirão problemas, a capacidade do banco de evitar uma fusão intermediada pelo governo com o Commerzbank pode depender do desempenho no primeiro trimestre de 2019, segundo pessoas informadas sobre a forma de pensar dos altos executivos da empresa.
Um porta-voz do Deutsche Bank preferiu não comentar.
"Se isso for verdade, a situação econômica do Deutsche Bank deve ser pior do que se vê de fora", disse Andreas Pläsier, analista da M.M. Warburg. "Uma fusão com o Commerzbank neste momento não faz sentido porque oferece poucas possibilidades de atingir crescimento para o cliente."
O CEO da empresa, Christian Sewing, pediu paciência para seu plano atual, baseado em reduzir custos e em esforços para estabilizar a participação de mercado, mas as imagens dramáticas de uma batida policial, em novembro, aumentaram o impacto de um mercado desafiador. A situação ameaça prejudicar o retorno ao crescimento após várias tentativas fracassadas de recuperação. O governo alemão vem intensificando os esforços para ajudar a consertar o Deutsche Bank e estudando formas de facilitar a fusão com o Commerzbank na tentativa de aumentar a escala e reduzir despesas.
Apesar de continuarem apoiando Sewing, os maiores investidores do banco estão insatisfeitos com os prejuízos que sofreram, segundo pessoas a par do assunto. As ações perderam mais da metade do valor no ano passado, depois recuperaram parte do declínio neste ano.
O custo para garantir dívidas vendidas pelo Deutsche Bank e pelo Commerzbank atingiu os níveis mais baixos desde novembro.
Embora o acordo seja visto por alguns como uma solução imperfeita, o governo alemão acredita que será impossível para Sewing recuperar o Deutsche Bank antes que uma possível desaceleração econômica agrave a situação, disseram pessoas a par da forma de pensar do governo. Na quarta-feira, Berlim reduziu sua projeção de crescimento econômico para este ano para apenas 1 por cento, o que seria o menor ritmo em seis anos.
O Ministério das Finanças preferiu não comentar.
O país ainda detém uma grande participação no Commerzbank após um resgate. A Alemanha não tem participação no Deutsche Bank, mas o ministro das Finanças, Olaf Scholz, disse diversas vezes que deseja que bancos internacionais fortes apoiem as empresas alemãs orientadas à exportação.
As conversas entre o banco e o governo se intensificaram nos últimos tempos. Representantes do maior banco da Alemanha travaram 23 discussões com autoridades em Berlim desde a formação do novo governo, em março, a maioria deles com o vice-ministro das Finanças, Jörg Kukies. Sewing e o presidente do conselho de supervisão, Paul Achleitner, participaram de seis conversas cada um, segundo uma carta do Ministério das Finanças vista pela Bloomberg.
--Com a colaboração de Abigail Moses, Thomas Beardsworth e James Hertling.
Repórteres da matéria original: Steven Arons em Frankfurt, sarons@bloomberg.net;Birgit Jennen em Berlin, bjennen1@bloomberg.net
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